Projeto Alma Brasileira leva música, história e cultura a escolas do DF

Verbo Nostro
07/05/2025 15h43 - Atualizado há 16 horas

Projeto Alma Brasileira leva música, história e cultura a escolas do DF
Fotos Thiago Berinjela
Iniciativa propicia concertos de diferentes estilos musicais brasileiros, do século XIX aos dias atuais, além oficinas de percussão e palestras interativas
 
Brasília (DF), 7 de maio de 2025 - Uma jornada sonora, conduzida por músicos experientes, que transporta a essência da música e aspectos da identidade da cultura brasileira diretamente para escolas da região administrativa do Distrito Federal. Essa é a proposta central do projeto Alma Brasileira, que abre nova temporada exclusiva a estudantes da rede pública de ensino. As primeiras apresentações acontecem na próxima sexta-feira, 9 de maio - na Biblioteca Braille (matutino) e no CEF10 Taguatinga (vespertino). Até o final do circuito, o projeto também passará por escolas das regiões de Águas Claras e Areal (Serviço com programação agendada abaixo).


O Alma Brasileira é desenvolvido pelo Coletivo Educação pela Arte, e nesta edição de 2025, conta com a participação dos músicos Nelson Latif (violão de sete cordas e cavaquinho), Marcelo Lima (voz, violão e bandolim), Ismael Rattis e Sandro Alves (percussão) – juntos eles se apresentam e interagem diretamente com os estudantes por meio de palestras musicadas e oficinas de percussão. 

A cada encontro com estudantes e professores, o grupo apresenta estilos musicais com o choro, o samba e o frevo, trazendo essas e outras manifestações culturais, para formar o mosaico que ilustra o Brasil moderno, do final do século XIX até hoje. “Contextualizamos fatos do nosso país que envolvem o período da República, como o crescimento da população por conta da imigração em massa de vários países europeus e o fim da escravidão – toda a miscigenação étnica está refletida na arte da época e até os dias atuais”, destaca o músico Nelson Latif, coordenador do projeto.  

Nesta interação, os artistas revelam curiosidades como:  tocar pandeiro naquela época foi considerado crime; sambistas eram perseguidos pela polícia; o funk carioca tem na sua base rítmica a divisão do Maculelê – estilo utilizado em várias rodas de capoeira; a primeira maestrina e pianista de Choro foi Chiquinha Gonzaga - mulher negra visionária em um período ultraconservador e racista, entre vários outros da cena da época. 
  

O projeto Alma Brasileira é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, com gestão do Coletivo Educação pela Arte.

Abrangência
Criado em 2005, inicialmente, para turnês internacionais, o projeto Alma Brasileira já passou por mais de 30 países e várias cidades brasileiras. Em Brasília, a primeira edição nacional aconteceu em 2018.

Nelson Latif, coordenador do projeto, explica que a proposta é levar aos alunos uma experiência que vai além da música. “Tentamos chegar nas escolas como a aparição de um circo itinerante, para chamar a atenção dos alunos. Eles são sempre receptivos e muitos acabam buscando outras experiências artísticas por conta própria”, afirma Latif. A expectativa dos músicos envolvidos é que a temporada de apresentações no Distrito Federal atinja a marca de 3 mil estudantes.

O músico Marcelo Lima avalia que o projeto realiza um panorama histórico e cronológico da música brasileira, abrangendo também o cenário atual. Para ele, ao percorrer essa jornada musical, os alunos não apenas exploram o vasto universo da música, mas também se conectam com sua própria identidade cultural. "Trata-se de um esforço para preservar e recuperar nossas raízes culturais, promovendo a integração das novas gerações com as diversas épocas e estilos da nossa música", explica.

A novidade neste ano é que o projeto incluiu na programação uma palestra para docentes sobre educação antirracista. O agendamento pode ser feito com o grupo através do e-mail: [email protected].

SERVIÇO
Apresentações agendadas do projeto Alma Brasileira 2025

9/5 (sexta-feira)
Período: matutino 
Local: Biblioteca Braille | Taguatinga
Endereço: St. B Norte CNB 1 - Taguatinga, Brasília DF

Horário: período vespertino
Local: CEF 10 | Taguatinga
Endereço: St. E Sul QSE 7 - Taguatinga, Brasília - DF
12/5 (segunda-feira)
Horário: período matutino 
Local: CEIAC | Águas Claras

Horário: vespertino 
Local: CEIAC | Águas Claras
Endereço: QS 11 - Taguatinga, Brasília - DF

19/5 (segunda-feira)
Período: vespertino 
Local: CEI 09 | Areal
Endereço: Quadra QS 7 AE 2 4/10, s/n - Areal Águas Claras, Brasília - DF

20/5 (terça-feira)
Horário: matutino 
Local: CEI 09 | Areal
Endereço: Quadra QS 7 AE 2 4/10, s/n - Areal Águas Claras, Brasília - DF

Período: Vespertino 
Local: EC 11 | Taguatinga
Endereço: QSE 14 Ae, Taguatinga Sul - Taguatinga, Brasília – DF 
 
26/5 (segunda feira)
Período: vespertino 
Local: CEMAB | Taguatinga
Endereço: QSA 03/05 Ae 01, Taguatinga Sul - Taguatinga, Brasília – DF

Imagens de VT
https://drive.google.com/drive/folders/1cfhV7EzC0l_pSn2foxq0s_Q-yD4qv57T?usp=share_link

 
ARTISTAS DO ALMA BRASILEIRA  
Nelson Latif

O violonista, cavaquinista e sociólogo, de São Paulo (capital), tem formação erudita e encontrou no Choro a sua principal referência. Representante da boa safra de músicos paulistanos da década de 1980, Latif possui formação musical em Jazz e Choro e atua nos principais palcos brasileiros e europeus. É também integrante do Trio Baru e da Camerata Caipira, além de diversos projetos que têm a arte-educação como base do seu trabalho.

Marcelo Lima

Multi-instrumentista, compositor e professor, Marcelo Lima já participou de vários grupos musicais da capital federal e do Brasil e em vários países da Europa. Ele considera o bandolim como seu grande parceiro. Foi professor de bandolim da Escola de Choro Rafael Rabelo por 10 anos. O artista possui sete álbuns musicais no portfólio.

Ismael Rattis

Formado em Música pela UnB (Universidade de Brasília), o músico e educador reúne experiências com a Funqquestra, Trem Caipira, Trio Baru e Carlinhos Veiga & Banda. Além das aulas no Instituto Batucada Organizada, Rattis ministra oficinas de percussão em projetos culturais variados como “Eu Faço Cultura”, “Caravana da Criança”, entre outros.

Sandro Alves

Percussionista carioca radicado em Brasília há mais de 10 anos, Sandro Alves é conhecido por misturar ritmos tradicionais  da música afro-brasileira com o jazz moderno. É pesquisador da cultura folclórica brasileira, o que fundamentou sua musicalidade nos instrumentos de percussão. Atua em projetos no Brasil e no exterior e também com oficinas educativas de percussão. O músico integra a formação do Trio Baru, atua em diversos projetos culturais e como sideman de alguns de cantores do país. 

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VALTER JOSSI WAGNER
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FONTE: https://www.instagram.com/verbonostro/
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