Dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA indicam que cerca de 11 mil novos casos de câncer do Sistema Nervoso Central (SNC), que inclui o cérebro e a medula espinhal, devem surgir por ano no Brasil, representando cerca de 1,4% a 1,8% de todos os tumores malignos do mundo, sendo que 88% dos casos ocorrem no cérebro. Mesmo com uma baixa incidência quando comparado com outros tipos de câncer, o câncer cerebral apresenta altas taxas de mortalidade e impacto na qualidade de vida dos pacientes.
Para conscientizar a população sobre os tumores cerebrais, a campanha Maio Cinza é de muita importância para promover informação, diagnóstico precoce e apoio aos pacientes. O neurocirurgião Denildo Veríssimo, do COP – Centro de Oncologia do Paraná, explica que o câncer cerebral é o crescimento anormal de células no cérebro ou na medula espinhal. Ele pode ser classificado como primário, quando se origina no próprio cérebro, e secundário/metastático, quando é resultado da disseminação de um câncer de outra parte do corpo. “Existem mais de 120 tipos diferentes de tumores cerebrais, e eles podem ser benignos ou malignos. Entre os tipos mais agressivos está o glioblastoma multiforme.”
O câncer cerebral pode afetar pessoas de todas as idades, mas existem faixas etárias mais suscetíveis a determinados tipos de tumores cerebrais. Esse tipo de neoplasia é o segundo mais comum na infância, depois das leucemias. Porém, a chance de desenvolver um tumor cerebral primário aumenta com a idade, especialmente após os 50 anos. Já os tumores cerebrais em idosos costumam ter diagnóstico mais tardio, pois sintomas podem ser confundidos com envelhecimento natural ou outras doenças neurológicas.
Os sintomas variam de acordo com o tamanho, a localização e a velocidade de crescimento do tumor, mas os mais comuns incluem dores de cabeça persistentes e progressivas, náuseas e vômitos, alterações na visão ou audição, convulsões, dificuldade para falar, andar ou se concentrar e mudanças de comportamento e memória também indicam que há algo de diferente que deve ser investigado. Segundo o neurocirurgião, o diagnóstico precoce é fundamental. A detecção em estágios iniciais pode fazer uma grande diferença no tratamento e na qualidade de vida dos pacientes. Exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, são essenciais para detectar alterações no cérebro.
O tratamento varia de acordo com o tipo e a localização do tumor, mas os mais comuns são a cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Em casos específicos, a terapia-alvo e imunoterapia também são indicadas. Em determinados pacientes, os tratamentos buscam mais o controle dos sintomas e a qualidade de vida do que a cura em si. “Quanto mais cedo identificamos os sinais, maiores são as chances de um tratamento eficaz e de uma vida com qualidade. Neste Maio Cinza, abrace a causa e busque informações que podem salvar vidas. Em caso de qualquer alteração no seu organismo, procure um especialista”, aconselha neurocirurgião Denildo Veríssimo.
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Heverson Bayer
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