Motores sob controle: como inversores com automação cortam desperdícios na indústria

Engenheiro da Eletron Energia S.A. explica como a tecnologia viabiliza maior controle do consumo de energia, reduz perdas e amplia a competitividade de fábricas

Milena Santos
30/04/2025 16h37 - Atualizado há 17 horas

Motores sob controle: como inversores com automação cortam desperdícios na indústria
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Motores elétricos são um dos principais consumidores de energia nas indústrias brasileiras, representando cerca de 70% da eletricidade utilizada em fábricas, de acordo com a Eletrobrás/Procel. Ainda assim, muitos operam de forma ineficiente, girando em velocidade máxima mesmo quando a demanda do processo é baixa. Apesar de comum em linhas de produção pouco automatizadas, essa prática gera desperdício de energia, acelera o desgaste de componentes e compromete a estabilidade do sistema.

Uma solução para isso pode ser a integração de inversores de frequência a sistemas de controle. Assim, ao permitir que os motores elétricos ajustem sua rotação conforme a carga exigida, essa automação minimiza desperdícios, melhora o desempenho dos equipamentos e proporciona mais previsibilidade no consumo elétrico.

O engenheiro Victor Moraes destaca que boa parte das fábricas já conta com inversores de frequência em motores elétricos, mas sem controle automatizado. “Entre 80% e 90% das indústrias que visitamos usam o inversor apenas como método de partida. Isso é como estar com o motor de um carro sempre acelerado”, comenta Victor, que atua na Eletron Energia S.A., empresa dedicada à execução de projetos de eficiência energética.
 

Motores que aprendem a consumir menos

Os inversores de frequência permitem que motores operem com velocidade variável, ajustando sua rotação à demanda real do processo. Isto é, em vez de trabalhar em velocidade máxima o tempo todo, o motor atua conforme a necessidade. Isso por si só já reduz perdas.
O ganho pode ser ainda maior quando o novo sistema passa a operar com base em dados, sensores e lógica de controle automatizada. “É como dar inteligência ao motor. Se, por um lado, o inversor é o pedal; por outro, a automação é o motorista que sabe quando acelerar e quando segurar”, exemplifica Victor.
Como ligam, desligam e operam conforme a demanda do processo, os motores equipados com inversores de frequência automatizados consomem energia elétrica de forma mais eficiente. Afinal, em vez de desperdiçar energia em períodos de baixa carga, passam a consumir apenas o necessário, reduzindo perdas e otimizando o desempenho do sistema. Os benefícios dessa eficiência energética são múltiplos. Para as empresas, significam redução direta de custos operacionais, menor desgaste de equipamentos, aumento da produtividade e maior previsibilidade no consumo de energia. Para a sociedade e o país, representam alívio na demanda sobre o sistema elétrico nacional, estímulo à modernização da indústria e contribuição direta à agenda ambiental, com menor emissão de gases de efeito estufa.
Outra vantagem desse tipo de automação é responder à escassez de mão de obra técnica qualificada, uma dificuldade crescente da indústria. "Muitos processos dependiam de operadores com experiência para trabalhar nos processos. Hoje, nem sempre há gente disponível para isso — e quando há, o conhecimento se perde com a rotatividade. Nesse contexto, automatizar também é garantir continuidade e confiabilidade operacional", complementa o engenheiro.

Casos industriais demonstram ganhos ao controlar motores elétricos

A Eletron Energia S.A. tem apostado em soluções desse tipo para modernizar operações com baixo investimento, no intuito de promover eficiência energética. Em uma indústria de papel, por exemplo, um motor de 350 cavalos operava sem parar para alimentar um desagregador de celulose. Mesmo em períodos de baixa carga, seguia em rotação máxima. Após a automação, o equipamento passou a ajustar sua velocidade conforme a quantidade de material processado, reduzindo o consumo e o desgaste.
Outro caso, em uma planta de produção alimentícia, envolveu a substituição do controle manual de válvulas por sensores integrados a inversores. O sistema passou a ajustar automaticamente a vazão e a pressão, economizando energia e evitando sobrecarga.
Segundo Victor, esses exemplos de intervenção mostram que a automação com foco em eficiência energética é, para muitas indústrias, o primeiro passo realista rumo à modernização”, afirma.

Um caminho para a modernização industrial

“Enquanto boa parte do mercado de automação ainda olha só para o processo, a Eletron Energia desenvolve projetos que integram engenharia de controle e automação, com foco em eficiência energética”, diz Moraes.
Além disso, os projetos de automação com inversores da Eletron Energia destacam-se pela flexibilidade financeira. Dois modelos têm sido os principais viabilizadores dessas soluções: o Programa de Eficiência Energética (PEE), regulado pela Aneel, e o modelo de contrato Build, Operate and Transfer (BOT — Construir, Operar e Transferir).
No caso dos projetos via PEE, os recursos são provenientes de chamadas públicas realizadas por concessionárias de energia, como a Copel no Paraná e a Celesc em Santa Catarina. Nesses casos, a Eletron Energia atua desde a elaboração do projeto técnico até a execução, sem custo direto para a indústria beneficiada. Já no modelo BOT, a própria Eletron investe diretamente na implantação da solução e é remunerada com base nos resultados gerados, como economia de energia ou melhoria operacional.
"Ambos os formatos eliminam a barreira do investimento inicial, pois a Eletron Energia assume o risco do projeto. Se o resultado não aparecer, nós também não recebemos", explica o engenheiro.
 

Serviço: Como obter consultoria com a Eletron Energia


Empresas interessadas em contar com os serviços da Eletron Energia para desenvolver projetos de eficiência energética podem entrar em contato diretamente com a empresa. Para mais informações e suporte técnico, acesse o site www.eletronenergia.com.br ou envie um e-mail para [email protected].

 

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MILENA VITÓRIA PEREIRA DOS SANTOS
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