Com mais de 686 pessoas afetadas pelas enchentes em fevereiro de 2025, Morretes volta os olhos para uma solução urgente: o desassoreamento do Rio Nhundiaquara. A proposta foi apresentada pelo Instituto Destino Brasil à Prefeitura do município do Litoral do Paraná e traz não apenas medidas emergenciais, mas também uma visão de longo prazo para recuperar a funcionalidade do rio, prevenir novos desastres naturais, impulsionar o turismo e proteger os moradores ribeirinhos.
Segundo o presidente do Instituto Destino Brasil, Ademar Batista Pereira, a Prefeitura demonstrou grande interesse e disposição para apoiar o projeto. “Entenderam a gravidade da situação e se comprometeram a buscar recursos para começar um trabalho emergencial. Já fez uma dragagem em outro rio da região e, na última enchente, essa área não sofreu danos”, relatou Ademar. A expectativa é que, a partir desse entendimento, o município avance com ações práticas para minimizar os impactos das inundações.
A segunda etapa do plano propõe uma solução definitiva e sustentável: ampliar a atuação de empresas já autorizadas para a retirada de areia do rio, permitindo que assumam a manutenção do canal e das margens. “Com essa parceria, o rio se manteria constantemente navegável, desassoreado e protegido. Os maiores beneficiados seriam os moradores, que são sempre os primeiros a sofrer com os alagamentos”, explica Ademar.
Modelo europeu inspira proposta sustentável para o Nhundiaquara
O projeto também prevê a revitalização econômica e turística da cidade. O Nhundiaquara voltaria a ser palco de passeios com embarcações elétricas, pescarias e esportes aquáticos como canoagem. “Isso aumentaria significativamente o tempo de permanência dos turistas na cidade, que hoje é muito visitada apenas aos fins de semana”, destaca. Ele ainda sugere um modelo inovador: “Na Europa, há fábricas de vidro nas margens dos rios para processar o material extraído. Poderíamos aplicar isso aqui, gerando emprego e renda com menor impacto ambiental.”
Na Austrália, a empresa Alex Fraser Group inaugurou uma usina de reciclagem que transforma resíduos de vidro em areia de alta qualidade, utilizada na produção de asfalto sustentável. A usina tem capacidade para reciclar até 4 milhões de garrafas por dia, produzindo até 800 toneladas de areia, contribuindo significativamente para a redução de resíduos em aterros sanitários .
Ademar enfatiza que a implementação de uma fábrica desse tipo em Morretes poderia gerar empregos e estimular a economia local. “Além de resolver o problema do assoreamento, estaríamos criando uma nova cadeia produtiva que beneficiaria diretamente a comunidade”, afirma. Ele
O projeto segue em processo de entendimento e avaliação por parte da prefeitura, que estuda a melhor forma de viabilizar sua aplicação. A expectativa é que, com apoio do poder público e de parceiros privados, Morretes avance rumo a um modelo de desenvolvimento que una segurança, sustentabilidade e qualidade de vida para a população.
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JORGE WASHINGTON SILVA DE SOUSA
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