Dia da Terra: restauração ecológica é vital para mitigar os impactos das mudanças climáticas

Coalizão de ONGs e empresas destaca a importância de iniciativas que contribuem para a recuperação de ecossistemas degradados

DANIELLE FELTRIN
17/04/2025 18h18 - Atualizado há 1 dia

Dia da Terra: restauração ecológica é vital para mitigar os impactos das mudanças climáticas
Coalizão Brasil/Ipam: André Guimarães, membro do Grupo Estratégico da Coalizão Brasil
A restauração de ecossistemas degradados é uma das estratégias mais eficazes para enfrentar as múltiplas crises ambientais da atualidade. Por isso, a data de 22 de abril, quando se celebra o Dia da Terra, é uma oportunidade para reforçar a urgência dessa agenda. Um marco global recente fortalece esse apelo: o Acordo de Kunming-Montreal, firmado por mais de 190 países, estabelece como uma de suas principais metas restaurar 30% dos ecossistemas degradados do planeta até 2030.

Além de contribuir com a mitigação das mudanças climáticas, a restauração ecológica ajuda a frear a perda de biodiversidade, aumentar a resiliência das paisagens e reduzir riscos associados à segurança hídrica, alimentar e à saúde. Hoje, mais da metade do PIB mundial depende diretamente da natureza — um sinal claro de que a integridade dos ecossistemas é também uma questão econômica.


"A restauração ecológica é uma das soluções mais estratégicas e urgentes para enfrentar a crise climática. Ecossistemas saudáveis capturam carbono, regulam o regime hídrico, aumentam a resiliência dos territórios e protegem a biodiversidade”, destaca André Guimarães, membro do Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. “Neste Dia da Terra, é fundamental lembrar que investir em restauração não é apenas uma medida ambiental — é uma resposta integrada que promove segurança alimentar, desenvolvimento sustentável e adaptação às mudanças que já estão em curso.”

A evolução da restauração ecológica no Brasil é acompanhada pelo  Observatório da Restauração e Reflorestamento (ORR) da Coalizão. Em sua versão mais recente, lançada no ano passado, a plataforma contabilizou cerca de 150 mil hectares em processo de recuperação no país, um aumento de 90% em relação ao visto em 2021, quando foram mapeados 79 mil hectares.
O tema também avançou na comunidade internacional, que, desde o Acordo de Kunming-Montreal, mobilizou novos recursos e criou indicadores para monitorar o progresso das metas estipuladas. Há, no entanto, um longo caminho a ser percorrido.

“A implementação efetiva das metas de restauração depende da tradução desses compromissos em políticas públicas e ações concretas nos países signatários. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em Belém em novembro, será um momento crucial para definir novas estratégias para enfrentar a crise da biodiversidade”, avalia Guimarães, que também é diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). “A expectativa é de que o país exerça um papel de liderança, demonstrando seu potencial para aliar conservação ambiental, desenvolvimento econômico e justiça social por meio da restauração ecológica.”

Sobre a Coalizão
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento composto por mais de 400 organizações, entre entidades do agronegócio, empresas, organizações da sociedade civil, setor financeiro e academia. A rede atua por meio de debates, análises de políticas públicas, articulação entre diferentes setores e promoção de iniciativas que contribuam para a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

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DANIELLE FELTRIN ARTERO
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FONTE: Coalizão Brasil
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