ENIC 100: Indústria debate impactos da COP 30 na construção brasileira
“Transformar a construção civil é imperativo”, afirmou Javier Gimeno, CEO da Saint-Gobain para a América Latina, que defendeu mais protagonismo dos fornecedores na descarbonização do setor e no avanço para uma construção mais sustentável, circular e acessível
LUDYMILA MARQUES
14/04/2025 11h04 - Atualizado há 2 dias
Ruy Hizatugu
A cadeia da construção civil precisa ser profundamente transformada – e isso começa pela forma como produzimos materiais e soluções para as obras. Foi com essa mensagem enfática que Javier Gimeno, vice-presidente global e CEO para a América Latina do Grupo Saint-Gobain, abriu sua participação no painel “COP 30 e os Impactos na Construção: caminhos sustentáveis para o futuro”, durante o segundo dia do ENIC 100. O executivo dividiu o palco com nomes de peso da sustentabilidade e da inovação, como Chris Trott (Foster+Partners), Thelma Krug (IPCC), Marcelo Thomé (Instituto Amazônia +21) e Alex Carvalho (FIEPA), colocando em foco o papel — e a responsabilidade — dos fornecedores no enfrentamento da crise climática por meio da construção civil. “O setor é responsável por mais de 40% das emissões globais de CO₂. Isso nos coloca no centro do problema, mas também como parte essencial da solução”, afirmou Gimeno. Para ele, a transição energética, a circularidade e a oferta de soluções construtivas mais eficientes devem ser compromissos centrais das empresas. “A construção sustentável, eficiente, circular, não é uma utopia futura. Ela é uma realidade que devemos construir juntos”. Javier apresentou os dois pilares estratégicos da Saint-Gobain para impulsionar essa transformação: a produção de materiais com menor impacto ambiental, priorizando a eletrificação e o uso de energias renováveis no Brasil; e o desenvolvimento de soluções inteligentes que reduzam o consumo energético, aumentem o conforto e melhorem a qualidade de vida dos ocupantes. Além disso, destacou a necessidade de políticas públicas que incentivem combustíveis verdes e de uma maior industrialização da cadeia de reciclagem. “Circularidade não é apenas um discurso. É uma nova lógica industrial que precisa ser estruturante”, reforçou. O executivo encerrou sua fala com uma convocação ao engajamento coletivo: “A tecnologia está pronta. O compromisso das empresas também existe. O que precisamos agora é escala, articulação e ação.” Sustentabilidade e inovação: visões globais para um futuro resiliente Nesta histórica 100ª edição do Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC), a Saint-Gobain participa como parte das comemorações pelos 360 anos da empresa e reforça seu protagonismo global na promoção de uma construção leve, inteligente e com menor impacto ambiental. Com um estande institucional futurista e interativo, a empresa convida os visitantes a uma imersão em temas como inovação, tecnologia e sustentabilidade, além de apresentar soluções para as cidades do futuro. A marca também participa da instalação “Se essa rua fosse minha”, que propõe uma reflexão sobre os elementos que tornam uma rua mais inclusiva e sustentável. Outro destaque é o papel da empresa nos espaços dedicados à sustentabilidade, como o Hub de Sustentabilidade. Ao longo da semana, especialistas da Saint-Gobain participam de diversos painéis, abordando temas como saneamento, impacto social da construção sustentável e os caminhos rumo à COP30. ________________________ Sobre a Saint-Gobain Líder global em construção leve e sustentável, a Saint-Gobain projeta, fabrica e distribui materiais e serviços para os mercados de construção e indústria. Suas soluções integradas para a reforma, construção leve e descarbonização da construção e da indústria, são desenvolvidas por meio de um processo de inovação contínua e promovem sustentabilidade e performance. O grupo, celebrando seus 360 anos em 2025, segue mais comprometido do que nunca com seu propósito, “Making the World a Better Home”. - €46,6 bilhões em vendas em 2024 no mundo.
- Mais de 161 mil colaboradores, presentes em 80 países.
- Compromisso em alcançar a Neutralidade de Carbono até 2050.
No Brasil: 58 fábricas, 51 centros de distribuição, 2 mineradoras, 67 lojas, 8 escritórios, 1 centro de pesquisa e desenvolvimento e mais de 12 mil colaboradores. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
LUDYMILA SILVA TOLEDO MARQUES
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FONTE: Weber Shandwick