Energia solar fotovoltaica e energia solar térmica: qual é a diferença?

Com a busca por fontes renováveis em alta, a energia solar ganha destaque como uma solução sustentável para o futuro

ANDRé ELOI
16/04/2025 19h04 - Atualizado há 2 dias

Energia solar fotovoltaica e energia solar térmica: qual é a diferença?
(Créditos: iStock/Marcio Binow Da Silva)
 

Nem todo mundo sabe que a energia solar se divide em dois tipos principais: a fotovoltaica e a térmica. Apesar de ambas aproveitarem o sol, suas funções são bem distintas. Confira abaixo:

Energia solar térmica: calor do sol em ação

Imagine placas escuras ou tubos alinhados em um telhado, captando o calor do sol como se fossem esponjas de luz. Esses coletores, instalados em casas ou áreas abertas, absorvem a radiação solar e usam esse calor para esquentar um líquido – na maioria das vezes, água. 

Depois, esse líquido quente vai para um reservatório, o famoso boiler, pronto para sair quentinho no chuveiro, na torneira ou até na piscina. Em projetos maiores, como usinas termelétricas e heliotérmicas, tanques especiais guardam esse calor para usos industriais, economizando energia de outras fontes.

Aqui, no Brasil, muita gente já usa esse sistema em casa, cortando até 80% do gasto elétrico com aquecimento, segundo números do setor. E mesmo quando o céu fica cinza, resistências elétricas ou a gás entram em cena para manter tudo funcionando.

O problema é que, apesar do potencial, o crescimento mundial dessa tecnologia patina. A Agência Internacional de Energia (IEA) alerta para entraves como custos altos no começo e poucos incentivos governamentais. Ainda assim, a IRENA, a Agência Internacional para as Energias Renováveis, aposta que, até 2050, ela pode representar 15% da energia renovável global, ajudando a limpar nossa matriz energética.

Energia solar fotovoltaica: eletricidade a partir da luz

Agora, pense em painéis azulados, brilhando sob o sol, cheios de células de silício que parecem mágicas. Esses são os sistemas fotovoltaicos, que pegam a luz do sol e a transformam direto em eletricidade. Os raios batem nas células dos painéis, que começam a gerar a corrente elétrica. Essa energia passa por um aparelho chamado inversor, que a deixa preparada para acender as luzes, fazer a geladeira gelar ou qualquer outra coisa que a gente precise em casa.

Essa tecnologia explodiu nos últimos anos. Entre 2010 e 2016, os custos caíram 60%, graças a países como a China, que investiu pesado, diz a IRENA. No Brasil, o tema ficou ainda mais interessante com a geração distribuída, um modelo que deixa você produzir sua própria energia. Desde 2012, a Resolução 482 da Aneel permite que casas e pequenos negócios gerem eletricidade e joguem o excedente na rede, ganhando créditos para abater na conta. Trata-se de energia limpa, local e que corta custos – uma revolução ao alcance de muita gente.

Qual a diferença e por que importa?

A diferença é simples, mas importante: a térmica esquenta, enquanto a fotovoltaica eletrifica. Uma cuida do conforto térmico, e a outra alimenta aparelhos. As duas cortam emissões e usam o sol como base, mas servem a propósitos distintos. A térmica é ótima para quem quer água quente sem gastar muito, enquanto a fotovoltaica, com a geração distribuída, é perfeita para reduzir a conta de luz e até lucrar com créditos. No fim, ambas mostram que o sol pode ser mais do que calor e luz – ele é um caminho para um planeta mais verde.


 

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ANDRE LUCIO ELOI DE SOUZA FILHO
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