Adolescente de SP é o brasileiro mais jovem a alcançar o cume do Aconcágua

João Victor de Melo Xavier, de 15 anos, escalou os 6.961 metros de altitude da montanha argentina em apenas oito dias

VAGNER LIMA
14/04/2025 11h23 - Atualizado há 2 dias

Adolescente de SP é o brasileiro mais jovem a alcançar o cume do Aconcágua
Arquivo Pessoal / João Victor de Melo Xavier
Com apenas 15 anos, o jovem João Victor de Melo Xavier tornou-se o brasileiro mais jovem a alcançar o cume do Aconcágua, a montanha mais alta fora da Ásia, com 6.961 metros de altitude, localizada na Cordilheira dos Andes, na região da província de Mendoza, Argentina.

A façanha tornou-se ainda mais incrível pelo fato de João ter escalado o Aconcágua em tempo recorde. A maioria dos alpinistas demora de 15 a 20 dias para completar a subida; enquanto o jovem conseguiu em apenas oito dias de expedição — enfrentando nevascas, noites de -18,5°C e momentos de profunda exaustão física e mental.


A aventura, vivida ao lado de seu pai, o montanhista Rodrigo Xavier, foi marcada por superação física, preparo psicológico e uma força de vontade incomum para alguém tão jovem. A jornada ao Aconcágua começou ainda em 2024, quando João acompanhou o pai em uma expedição ao Monte Kilimanjaro, um antigo vulcão localizado na Tanzânia, considerada a montanha mais alta da África, com 5.895 metros de altitude.

O sucesso da primeira experiência despertou em João o desejo por novos desafios. Durante meses, pai e filho se prepararam com treinos intensivos e aclimatação simulada, utilizando até mesmo uma barraca hipobárica para dormir em condições de baixa oxigenação, simulando as mesmas condições térmicas de ar rarefeito que enfrentariam durante a jornada para conquistar o Aconcágua.

A dedicação rendeu frutos. Mesmo após enfrentar uma forte gripe e momentos de dúvida durante a subida, tendo que fazer uma pausa de dois dias durante o trajeto para se recuperar fisicamente, João persistiu e chegou ao cume com um sorriso no rosto. Ele superou altitudes extremas, temperaturas negativas e ventos cortantes, realizando a façanha sem oxigênio suplementar e pela exigente Rota 360, uma das trilhas mais longas e desafiadoras da montanha.

“Na montanha, eu consegui descobrir onde realmente estão os meus limites. E percebi que, na vida, nada vem fácil ou rápido, mas sim com trabalho duro, com esforço para um dia você chegar no que sempre sonhou”, afirmou João.

Mas a conquista de João não é apenas esportiva — é também educativa e simbólica. No topo das Américas, o adolescente fez questão de levar consigo, em mãos, a bandeira da Escola Bilíngue Aubrick, onde estuda desde pequeno. O gesto foi mais do que uma homenagem: foi um reconhecimento da base que o ajudou a construir a coragem, a responsabilidade e a autonomia necessárias para enfrentar desafios tão extremos.

Para a equipe pedagógica da Aubrick, o feito de João é um reflexo claro dos valores que a escola promove desde os primeiros anos: a busca por autoconhecimento, a capacidade de tomar decisões com responsabilidade, a perseverança diante de obstáculos e o desenvolvimento da confiança em si mesmo. “João representa uma geração que está sendo preparada não apenas para tirar boas notas, mas para fazer escolhas com propósito e coragem. Ele mostrou na prática o que significa viver uma educação transformadora”, comenta a diretora geral da Escola Bilíngue Aubrick, Fatima Lopes.

Para Rodrigo Xavier, acompanhar o filho até o cume do Aconcágua foi uma das experiências mais emocionantes de sua vida. Ver João superar limites físicos e emocionais tão intensos, com maturidade e coragem, reforçou ainda mais o orgulho que sente pelo jovem. “Poder abraçá-lo no topo da montanha, depois de tudo o que enfrentamos, foi inesquecível”, conta. Mais do que uma conquista pessoal, Rodrigo acredita que a jornada de João pode inspirar outros adolescentes a se desafiarem, acreditarem em si mesmos e descobrirem que são capazes de muito mais do que imaginam.

Rodrigo se prepara para escalar o Monte Everest de forma inédita para um brasileiro e desafiando os métodos convencionais de aclimatação, planejando concluir a subida em menos de 30 dias sem os ciclos tradicionais que normalmente são necessários para ajustar o corpo à altitude extrema. Com essa inspiração, a história de João Victor já aponta para um novo horizonte de desafios. João vê na conquista do pai uma etapa preparatória para, futuramente, também enfrentar a montanha mais imponente do mundo.

A conquista de pai e filho no topo do Aconcágua pode ser conferida em vídeo, no link: clique aqui.

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VAGNER ADACIANO DE LIMA
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FONTE: FSB Comunicação
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