Sua empresa é capaz de suportar uma crise?

A consultora financeira, Catarina Bispo, comenta a importância de uma reserva, desde o início do ato de empreender, a fim de se manter no mercado

AS
08/04/2025 09h07 - Atualizado há 4 dias

Sua empresa é capaz de suportar uma crise?
Comunicação Catarina Bispo
Em meio aos altos e baixos da economia ou riscos de pandemias, como foi a da Covid 19, um ponto simples, porém fundamental, pode definir o futuro de um pequeno negócio: a reserva financeira. Para a consultora financeira, Catarina Bispo, muito longe de ser considerado um luxo, reservar parte dos lucros, desde o início, é uma estratégia vital para a saúde e longevidade das empresas, inclusive das microempresas e MEIs  -Microempreendedores Individuais. “Mesmo nos primeiros passos, já é possível e recomendado separar uma porcentagem do faturamento mensal para compor uma reserva. Não precisa ser muito. O mais importante é começar”, afirma ela.
De acordo com a consultora, o ideal é que essa reserva represente de 10% a 20% do lucro líquido mensal. Essa quantia deve ser pensada para cobrir de três a seis meses dos custos fixos da empresa. Dessa forma, o negócio está mais protegido contra emergências ou até mesmo para as necessidades estratégicas de reinvestimento.
Além da reserva, segundo Catarina, outro ponto fundamental é a definição do pró-labore, mesmo que simbólico. “O empreendedor precisa entender desde cedo que o dinheiro da empresa não é o mesmo que o dele. Um pró-labore, por menor que seja, ajuda a manter essa separação clara”, explica.

Outro tema recorrente entre os erros mais comuns de novos empresários é a precificação dos produtos ou serviços. Preço mal calculado é sinônimo de prejuízo. “Preço não é só um número, é também posicionamento e sustentabilidade do seu negócio e uma boa precificação é fundamental para que essa reserva e o crescimento da empresa possam ser implementados”, alerta a especialista
Apesar do foco em negócios, muitos empreendedores também procuram apoio para organizar suas finanças pessoais. Afinal, equilibrar o lado empresarial e o pessoal pode ser um desafio. Catarina Bispo relata que muitos clientes pedem ajuda para equilibrar as contas em casa, montar uma reserva pessoal e até investir com segurança, de acordo com seu perfil: conservador, moderado ou arrojado.
Para quem está começando, a consultora recomenda o básico: controle diário de entradas e saídas, separação clara entre pessoa física e jurídica, criação de uma reserva de emergência e, só então, começar a investir. Concluindo, ela destaca que a organização financeira vem antes de qualquer outra ação ou investimento. “A partir daí, com tudo organizado, eu recomendaria o CDB, Tesouro Direto... mas sempre com segurança e com o hábito já bem estabelecido. Não adianta achar que vai guardar mil reais e virar um milhão. Crescer exige base sólida. No fim, a lição é clara: não existe crescimento sem estrutura. E a reserva financeira é um dos pilares mais importantes dessa construção”, finaliza ela.
 

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AMANDA MARIA SILVEIRA
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