No dia 7 de abril, o Brasil celebra o Dia de Combate ao Bullying, uma data que busca conscientizar a população sobre os impactos desse tipo de violência nas escolas e na vida dos estudantes. No Distrito Federal, a situação é alarmante: em 2024, a Polícia Civil (PCDF) registrou 120 denúncias relacionadas ao crime de bullying escolar, um aumento de 243% em relação ao mesmo período de 2023. Diante desse cenário, o Colégio Sigma reforça a importância de iniciativas voltadas à inteligência socioemocional, a fim de promover um ambiente seguro e acolhedor para os alunos.
Embora já fosse amplamente discutido no Brasil desde a década de 1990, o bullying passou a ser considerado crime somente em 2024, com a sanção da Lei 14.811. A legislação estabelece punições para quem praticar atos de violência física ou psicológica contra alunos no ambiente escolar, o que amplia a proteção a crianças e adolescentes. A mudança é um reflexo da crescente demanda por políticas públicas eficazes para combater a violência nas instituições de ensino.
A gravidade do problema se tornou ainda mais evidente em um levantamento realizado pelo Instituto DataSenado, que revelou que cerca de 6,7 milhões de estudantes haviam sofrido algum tipo de violência no ambiente escolar até 2023. Esses números são alarmantes e reforçam a urgência de medidas que garantam a segurança e o bem-estar dos alunos dentro das instituições de ensino.
O colégio Sigma, em Brasília, atua de diversas formas para combater a violência em sala de aula. Um exemplo disso foi a inserção da disciplina de ‘Convivência Ética’ na grade curricular do Ensino Fundamental II, que promove rodas de conversa que possibilitam aos alunos a expressão saudável de emoções e eventuais incômodos vivenciados na escola.
Para Keilla Vila Flor, professora responsável pela disciplina, o acompanhamento diário dos estudantes é essencial. "O objetivo disso não é expor colegas ou criar mais problemas, é possibilitar que cada estudante tome consciência de que um problema existe e pode ser resolvido de forma respeitosa. É essencial que todos compreendam que suas emoções são válidas", explica a educadora.
A professora também reforça a importância do diálogo constante para evitar que pequenos conflitos evoluam para situações mais graves. Ela afirma que "alguns incômodos não são para ferir o colega, não para criar mais problemas, mas primeiro para que o colega seja comunicado de que um problema existe. Às vezes, as pessoas não têm ciência da existência de um problema, o que gera conflito e pequenas rusgas que vão se tornando uma bola de neve até virar o bullying”.
Segundo Keilla, a principal estratégia de combate ao bullying no Sigma é a vigilância e a comunicação aberta com os estudantes. "Queremos que os alunos se sintam confortáveis para falar e colocar em palavras o que está acontecendo e o que os incomoda no cotidiano. Isso é um exercício que precisa, em alguns casos, ser ensinado: expressar-se de maneira racional", conclui.
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SUENIA MICHELLE QUEIROZ DANTAS
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