Diretor pedagógico apresenta estratégias de prevenção e combate ao bullying e cyberbullying nas escolas brasileiras

Com o crescimento alarmante de casos nas instituições de ensino do país, especialista discute medidas eficazes para prevenir e combater essas práticas nocivas

MGA PRESS
28/03/2025 15h03 - Atualizado há 2 dias
Diretor pedagógico apresenta estratégias de prevenção e combate ao bullying e cyberbullying nas escolas brasileiras
Divulgação

A escola, além de ser um espaço de aprendizado acadêmico, deve ser um ambiente seguro e acolhedor para todos os alunos. No entanto, a convivência entre crianças e adolescentes nem sempre é harmônica, e muitos estudantes acabam enfrentando situações de violência psicológica e física dentro e fora da sala de aula. 

O bullying e o cyberbullying são problemas que afetam milhares de jovens brasileiros e podem ter consequências devastadoras para o desenvolvimento emocional, acadêmico e social desses alunos. Diante dessa realidade, torna-se essencial que escolas, famílias e sociedade atuem juntas na prevenção e no combate dessas práticas.

Tais ações nocivas têm se tornado questões cada vez mais preocupantes nas escolas brasileiras. Dados revelam um aumento significativo desses casos, exigindo atenção e ação por parte de educadores, pais e autoridades. Em 2023, os cartórios brasileiros registraram mais de 121 mil atas notariais relacionadas a episódios de bullying e cyberbullying, representando uma média superior a 10 mil casos por mês. Este é o maior número já registrado no país, evidenciando a gravidade da situação.

Além disso, uma pesquisa do DataSenado revelou que, aproximadamente, 6,7 milhões de estudantes sofreram algum tipo de violência na escola nos últimos doze meses, o que representa 11% dos quase 60 milhões de alunos matriculados.

O cyberbullying também apresenta números alarmantes. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019 indicou que 13,2% dos adolescentes brasileiros já se sentiram ameaçados, ofendidos ou humilhados em redes sociais ou aplicativos de mensagens. Entre as meninas, esse percentual é ainda maior, atingindo 16,2%.

Diante desse cenário, as escolas desempenham um papel fundamental na prevenção e combate dessas ações. Para Wagner Venceslau Dias, diretor pedagógico do Colégio Anglo Leonardo da Vinci, é essencial que a escola estabeleça um ambiente seguro e acolhedor para todos os alunos. Implementar programas de conscientização, promover debates sobre o tema e envolver toda a comunidade escolar são passos fundamentais para combater essas práticas. 

Pensando nisso, o diretor recomenda algumas estratégias: 

1. Educação digital responsável: Orientar os alunos sobre o uso seguro e ético das tecnologias, ressaltando as consequências do cyberbullying e a importância de respeitar o próximo no ambiente virtual.

2. Campanhas de conscientização: Realizar palestras, workshops e atividades que promovam discussões sobre bullying e cyberbullying, incentivando a empatia e o respeito mútuo entre os estudantes.

3. Capacitação de docentes: Oferecer treinamentos para que professores e funcionários identifiquem sinais de bullying e saibam como intervir de maneira eficaz e acolhedora.
 

4. Protocolos de intervenção: Estabelecer procedimentos claros para lidar com casos de bullying, garantindo suporte às vítimas e medidas educativas para os agressores.

5. Envolvimento da família: Manter um diálogo aberto com os pais ou responsáveis, informando-os sobre a importância de observar mudanças de comportamento e de participar ativamente na vida escolar dos filhos.

"Quando há uma parceria sólida entre educadores e pais, conseguimos criar uma rede de apoio eficaz para os alunos, prevenindo situações de violência e promovendo um ambiente escolar saudável", finaliza o diretor. 


 

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CAROLINA PALHARES
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