O Seminário Dia Mundial da Água – Mudanças Climáticas e os Impactos na Qualidade da Água para Consumo Humano – reuniu, na última sexta-feira (21), especialistas e representantes das esferas municipal, estadual e federal para discutir os desafios da qualidade da água diante das alterações climáticas. O evento aconteceu no campus Vergueiro da Universidade Nove de Julho (Uninove) e foi promovido pelo programa Vigiagua, ligado ao Ministério da Saúde e coordenado na Secretaria Municipal da Saúde (SMS) pela Divisão da Vigilância em Saúde Ambiental (DVISAM).
Durante o encontro, foram destacadas as emergências relacionadas às mudanças climáticas, degradação ambiental e perda de biodiversidade. Magali Batista, diretora da DVISAM, reforçou a importância do diálogo entre os órgãos públicos para garantir a segurança hídrica e prevenir doenças. “Contribuir para avaliar a qualidade deste recurso natural essencial à vida de todos os seres vivos é também prioridade da saúde municipal”, afirmou.
A programação contou com palestras sobre os desafios da preservação da água. Especialistas como Daniel Valência Cardenas, do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água, e Cássio Guilherme Rampelli, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), abordaram a relação entre clima e qualidade hídrica. Foi apontado que o aumento das temperaturas e eventos climáticos extremos comprometem os recursos hídricos, intensificando a presença de poluentes e prejudicando a disponibilidade de água potável.
Em São Paulo, o Programa Vigiagua monitora a qualidade da água consumida pela população, com inspeções, coletas e análises constantes. Ao longo de 2024, foram examinadas 3.800 amostras em diversos pontos da capital para garantir a segurança hídrica. Além disso, a DVISAM coordena ações de vigilância ambiental para minimizar os riscos à saúde pública.
O evento reforçou a necessidade de políticas públicas eficazes para enfrentar os impactos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos e garantir a oferta de água segura à população. Segundo especialistas, iniciativas como o fortalecimento do saneamento básico e a ampliação da educação ambiental são essenciais para mitigar os desafios que ameaçam a qualidade da água no Brasil e no mundo.