Liderar em tempos de mudança: nove realidades para tomar decisões com ousadia

A IA, o retrocesso nas políticas de diversidade e ESG, as mudanças regulatórias, a desinformação e a fragmentação de blocos afetam a atividade das empresas

PROMOçãO LLYC
24/03/2025 11h36 - Atualizado há 1 semana
Liderar em tempos de mudança: nove realidades para tomar decisões com ousadia
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Afirmar que a mudança é a única constante virou um clichê, mas é uma verdade. Existe um novo presidente nos Estados Unidos e uma recém-lançada Comissão Europeia, as políticas comerciais estão passando por uma profunda mudança, estão surgindo novas formas de nos relacionarmos com a tecnologia e ocorrendo transformações demográficas drásticas. Em alguns países, uma empresa média já tem tantos funcionários da geração Z quanto baby boomers. Os tomadores de decisão não podem ignorar essas mudanças, pois elas têm impacto em todas as atividades e ações humanas: no consumo, nas relações de trabalho, nas ideias políticas, na convivência com o meio ambiente e nos valores fundamentais.

Diante desse cenário, a LLYC elaborou um mapa com as realidades que deveriam ser levadas em consideração por todos aqueles cujo trabalho consiste em tomar decisões, desde os responsáveis por departamentos de finanças, marketing ou de pessoal até o CEO de uma empresa. Em suma, todos aqueles cujo trabalho consiste em gerenciar riscos. Alguns diretores da LLYC deram sua visão sobre esses desafios e a maneira como podem ser enfrentados, superados e aproveitados. Decisões não podem ser tomadas no escuro.

1- Prepare-se para a mudança permanente. Desta vez, ela pode ser mais radical. Acabamos de passar por um “superciclo eleitoral”. Em 2024, 1,6 bilhão de pessoas votaram em eleições livres. Em vários países, como Estados Unidos e Reino Unido, os cidadãos exigiram uma mudança radical. Em outros, como Índia ou África do Sul, mostraram para seus governantes que não estavam satisfeitos e os obrigaram a formar novas coalizões e a dar as boas-vindas a novos atores. Este é o sinal de que existe um grande descontentamento global com a situação atual. Os políticos recém-eleitos vão tentar implantar as medidas que as pessoas exigem. Mas a mudança política não é a única. Ela faz parte de um processo tecnológico, cultural e econômico mais amplo que abrange praticamente tudo. Isso vai gerar uma grande instabilidade, mas também, possivelmente, algumas oportunidades. Sempre se fala de mudança, mas é provável que desta vez ela seja mais radical. “Quão abertos estamos para colaborar com startups que podem trazer novas tecnologias ou soluções inexploradas, e quão abertos estamos para participar de mudanças ou desenvolvimentos regulatórios e normativos?”, pergunta Diego Olavarria, Sócio e Diretor Geral de Estratégia de Marketing Solutions, da LLYC

2- Estamos há um tempo falando de IA. Logo conheceremos a magnitude do seu impacto.
Estamos entrando em um momento-chave para saber o que podemos esperar do avanço da IA. Segundo The Economist, 11 trilhões de dólares estão investidos em data centers neste momento. Soma-se a isso a concorrência cada vez mais acirrada entre empresas e modelos de IA. Recentemente, a chinesa DeepSeek revelou seu compromisso com modelos de códigos abertos e baixo custo. A inteligência artificial afeta o bem-estar das pessoas, a gestão de talentos, o reconhecimento de grandes padrões e a automatização dos processos. Isso tem um impacto enorme nas empresas e, com certeza, os early adopters se beneficiarão disso. Aderir a esta grande aposta parece inevitável. “A IA não é uma moda passageira; ela é a base da próxima revolução industrial; as empresas que a adotarem em seu modelo liderarão a próxima década”, diz Miguel Lucas, diretor global de inovação da LLYC.

3 - Está ocorrendo uma reação contravalores que merecem ser defendidos. Diante de um novo clima político, muitas empresas estão abandonando as práticas de DEI (diversidade, equidade e inclusão) e ESG (meio ambiente, social e governança). Isso pode ser visto claramente nos Estados Unidos e, provavelmente, se chocará com a visão europeia e com a regulação da UE porque as práticas de DEI têm um sentido estratégico. Enquanto os clientes, colaboradores, fornecedores, acionistas e a sociedade em geral continuarem sendo plurais, defender a pluralidade é um ativo. Enquanto os recursos continuarem escassos ou o clima continuar esquentando, ser sustentável é uma estratégia vencedora. As práticas de DEI e ESG não foram apenas uma moda, mas uma questão de orgulho e uma boa aposta no longo prazo. Para Luisa Garcia, sócia e CEO global de Assuntos Corporativos da LLYC: “É possível avançar, mas isso requer uma análise abrangente. A narrativa resultante deve ser apoiada pela gerência sênior e estar totalmente integrada às equipes de liderança”.

4 - Se você quer que o sucesso perdure, o pior inimigo é a inação. Em seu best-seller Pense de novo, o psicólogo das organizações Adam Grant afirma que preferimos a comodidade da certeza à insegurança produzida pela dúvida. Na área da economia, essa conduta é chamada de “path dependency” (“se isso funcionou para mim até agora, por que eu mudaria de estratégia?”). Um dos exemplos que os economistas mais gostam é o da passagem da fotografia analógica para a digital: as empresas dedicadas à primeira tinham tanto sucesso que muitas demoraram a apostar no “desaprendizado”, na inovação e na mudança de modelo. Hoje, sem nos darmos conta, muitos de nós podemos estar incorrendo nesse grande erro que é a inação.

5 - A desinformação já não é um desconforto ocasional. É o novo ecossistema. O Fórum Econômico Mundial considera a desinformação e as narrativas falsas um dos principais riscos de 2025. A Meta eliminou o controle de conteúdo. Elon Musk mudou o algoritmo do X. O TikTok é um mistério. Surgem novas redes sociais como Bluesky e Rednote. A fragmentação vai aumentar: cada um estará na rede social em que possa consumir opiniões parecidas com as suas e ignorar as outras. Mas a desinformação, as narrativas falsas e a fragmentação ideológica vão dominar uma parte muito grande do debate público. Neste contexto, o valor das empresas está suscetível a ser atacado ou manipulado de maneira intencional sem que uma resposta formal ou a identificação da verdade sejam respostas efetivas. É preciso pensar bem como reagir à situação.

6. A regulação muda cada vez mais rápido. Quem não gostaria de influenciá-la? Bruxelas apresentou seu principal projeto para os próximos cinco anos. Chama-se Bússola para a Competitividade e contém alguns elementos regulatórios muito disruptivos para qualquer empresa que opere na UE. E não é só isso: 53% das leis aprovadas na Espanha entre 2019 e 2024, por exemplo, derivam de diretrizes e decisões europeias. Nos Estados Unidos, as mudanças ocorrem de maneira drástica e rápida. Na América Latina, as regras mudam devido a acordos comerciais e governos que pretendem transformar o status quo. Sentar-se à mesa em que decisões regulatórias são tomadas será cada vez mais importante. Os reguladores estão cada vez mais conscientes de que precisam conhecer a experiência dos atores econômicos. E estes sabem cada vez melhor como se organizar para serem escutados de maneira transparente.

7. As pessoas têm uma relação cada vez mais ambígua com a tecnologia. Os dirigentes de grandes empresas tecnológicas, como Elon Musk e Mark Zuckerberg, ou investidores do Vale do Silício, como Peter Thiel ou Marc Andreessen, têm cada vez mais influência na política global. Isso é consequência do sucesso dos seus produtos e dos seus investimentos, ou do acesso que eles têm aos decisores políticos. Porém, isso também gerou um ceticismo maior em relação ao poder concentrado na tecnologia. Cerca de 90% da população dos países ricos usa internet diariamente. Mas a confiança na internet não para de cair. Hoje, nossa relação com as redes sociais e o mundo digital é um pouco mais conflitante do que no passado recente e não deveríamos considerar os cidadãos como viciados acríticos ao lado digital da vida.

8. Um Z pode virar seu chefe. E um silver, o seu melhor cliente. No mundo rico, existem 250 milhões de pessoas nascidas entre 1997 e 2012. São os membros da geração Z. Nos Estados Unidos, já existem mais trabalhadores dessa geração do que baby boomers. A geração Z define cada vez mais o consumo e as condições de trabalho: quer mais sustentabilidade, está mais preocupada com o clima e a diversidade, e não vê a carreira profissional como a prioridade da vida. Quer mais flexibilidade. E ao mesmo tempo em que isso acontece, a população envelhece. Na Espanha, 20 milhões de pessoas têm mais de 65 anos. E os idosos estão se transformando em um nicho de mercado em expansão.

9. O mundo está dividido em blocos: bem-vindos à “biglobalização”. Desde os anos 90, demos como certo que o mundo estaria cada vez mais globalizado e que o fluxo de capitais e mercadorias seria cada vez mais fácil e barato. O mundo estaria cada vez mais conectado. Essa certeza está em crise hoje. O mundo não se desglobalizou, mas o processo de interconexão ficou mais lento e caótico. E enfrentamos um novo risco: o da fragmentação. Mais especificamente, a bipolaridade. Se esta tese estiver certa, os Estados Unidos e a China vão liderar os blocos globais e o restante dos países terá que optar por ser membro de um ou de outro. Cadeias logísticas, estratégias de exportação e importação, investimentos estrangeiros e padrões de consumo serão afetados por isso.

Sobre a LLYC
LLYC (BME:LLYC) é a empresa de Assuntos Públicos e Marketing que, ao atuar como parceira dos seus clientes em criatividade, influência e inovação, aumenta e protege o valor dos seus negócios, transformando cada dia em uma oportunidade para fortalecer as suas marcas. 

Fundada em 1995, a LLYC está presente nos seguintes países: Argentina, Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro), Bruxelas, Colômbia, Chile, Equador, Espanha (Madri, Barcelona e Valência), Estados Unidos (Miami, Nova York, Washington, DC, Grand Rapids, Detroit, St.Louis e Phoenix), México, Panamá, Peru, Portugal e República Dominicana.

Em 2023, a receita operacional da LLYC alcançou os 83,1 milhões de euros. A LLYC está entre as 40 maiores empresas do mundo em seu setor, de acordo com os rankings da PRWeek e da PRovoke. A empresa foi eleita Melhor Consultoria na Europa 2022 no PRWeek Global Awards, e Consultoria do Ano na América Latina 2023 pela PRovoke. 

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STEPHANIE DA SILVA WANDERLEY BARRETO
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