O Brasil deu um passo importante ao reconhecer oficialmente o Burnout como uma doença ocupacional. Esse reconhecimento vai além de uma formalidade legal. Serve de alerta para empresas e profissionais sobre a necessidade de repensar a saúde mental no trabalho.
O Burnout é um esgotamento físico, mental e emocional profundo, que afeta o desempenho dos colaboradores e prejudica a saúde organizacional. Dados do INSS indicam que em 2023, 421 pessoas no Brasil se afastaram do trabalho por Burnout, o que representa um aumento de 136% em relação a 2019. Diante disso, é urgente que as empresas adotem uma postura proativa, criando ambientes de trabalho mais saudáveis e equilibrados para garantir o bem-estar das equipes e o sucesso dos negócios.
Com este reconhecimento do Burnout, as empresas precisam rever suas políticas internas. Ignorar os sinais da doença pode resultar em consequências graves, como queda de produtividade, aumento da rotatividade e insatisfação geral. Colaboradores esgotados têm desempenho abaixo do esperado, maior número de faltas e baixa motivação. Já ambientes que priorizam a saúde mental tendem a ser mais inovadores e engajados, gerando equipes mais motivadas e dispostas a contribuir para o sucesso da organização. Por isso, o setor de Recursos Humanos deve liderar esse processo, criando estratégias eficazes para prevenir o burnout antes que ele se instale.
O que as empresas devem fazer para prevenir o Burnout? Primeiramente, devem investir em políticas de bem-estar mais eficazes do que medidas superficiais, como happy hours ou áreas de lazer. Programas de saúde mental, horários flexíveis, pausas obrigatórias e home office são ações que impactam diretamente a qualidade de vida dos colaboradores. Além disso, é crucial criar um ambiente de trabalho onde o diálogo seja aberto, sem tabus. Espaços seguros para que os colaboradores compartilhem suas dificuldades podem ser um grande passo para a prevenção. Capacitar os líderes para identificar sinais de esgotamento emocional e agir com empatia é outra medida importante para uma cultura organizacional mais saudável.
A prevenção do Burnout não pode ser tratada como uma ação pontual. As empresas devem investir em treinamentos sobre saúde mental, inteligência emocional e gestão de estresse, criando uma cultura que valorize o bem-estar. Esses investimentos não são custos, mas sim, recursos que impactam diretamente no sucesso da organização. Empresas que priorizam a saúde mental reduzem turnover, aumentam a produtividade e melhoram a satisfação geral dos colaboradores, o que reflete positivamente nos resultados organizacionais.
A tecnologia também desempenha um papel crucial nesse processo. Ferramentas como a Elofy ajudam a monitorar o clima organizacional, permitindo que os gestores detectem problemas antes que se agravem. Plataformas como essa permitem que as empresas identifiquem pontos críticos e tomem decisões mais eficazes para promover um ambiente saudável e produtivo, onde os colaboradores se sintam valorizados.
As organizações precisam assumir a responsabilidade pela saúde mental de seus colaboradores. Ignorar essa questão não só compromete o bem-estar dos profissionais, mas também a sustentabilidade dos negócios. Investir em saúde mental é uma estratégia inteligente que favorece o sucesso a longo prazo. Empresas que colocam a saúde mental como prioridade têm equipes mais felizes, engajadas e produtivas, contribuindo diretamente para o crescimento e a sustentabilidade do negócio.
* Tatiane Brazilio, especialista em MBA em Desenvolvimento Humano para Estratégia e Inovação e professora nos cursos de pós-graduação em Recursos Humanos do Centro Universitário Internacional Uninter.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
JULIA CRISTINA ALVES ESTEVAM
[email protected]