Apenas nos meses iniciais de 2025, de 1º de janeiro a 1° de março, tivemos mais de 700 mortes por Covid-19 no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. A pandemia foi um período inimaginável e, pior que isso, com muitas mortes. Em 2025, a covid ainda exige nossa atenção, destacando-se como uma preocupação de saúde pública contínua, afinal, trata-se de uma doença causada por um vírus de fácil transmissão.
Para que ocorra essa transmissão, basta que a dinâmica da população favoreça e, no caso do Brasil, o país passou por uma onda de calor neste início de ano, que fez com que muitos saíssem de casa e fossem a praia, parques e outros passeios em grupos. Além disso, temos o tradicional carnaval, o ápice da aglomeração, que permite grande transmissão do vírus aqui discutido.
Infelizmente, o vírus ainda está em circulação e, assim como os influenza, que causam gripe, o Sars-CoV-2 continuará circulando no Brasil e no mundo, causando Covid e, dependendo do indivíduo, podendo se agravar e levar a óbito. Embora tenhamos feito progressos significativos no controle da doença, incluindo uma queda substancial nas taxas de mortalidade em comparação com os anos iniciais da pandemia, a infecção ainda causa perdas significativas, apontando para a necessidade de manutenção das estratégias preventivas e a adaptação à novas variantes que emergem devido às características genômicas e a facilidade de transmissão do vírus.
O ano de 2024 aponta uma diminuição no número de casos e de mortes, quando comparado ao período em que não tínhamos muito conhecimento sobre a doença, protocolos de socorro aos enfermos e, principalmente, as vacinas. Há de fato uma diminuição nas notificações e nas mortes, porém não podemos ignorar que ainda há muitas mortes, quando comparado a outras doenças que circulam há anos e são causadas por vírus.
Desde o desenvolvimento das primeiras vacinas contra a Covid, estudos demonstraram sua eficácia, não apenas em reduzir o risco de infecção, mas também em diminuir a gravidade dos casos e, consequentemente, as taxas de hospitalização e mortalidade.
Os programas de vacinação em massa têm sido fundamentais para manter a doença sob controle, permitindo um retorno gradual às atividades normais. É importante lembrar que saímos daquela situação sufocante por conta das vacinas. Para reduzir os casos de Covid, a divulgação das informações sobre o sucesso das vacinas deve ser realizada de forma mais abrangente, para que aqueles que ainda tem dúvida ou algum tipo de receio também se imunizem.
Ainda assim, a pergunta persiste: como podemos continuar a diminuir os casos sem causar danos econômicos e emocionais à sociedade? A resposta não reside apenas na vacinação, embora ela continue a ser central. Precisamos de uma abordagem conjunta que combine vacinação com outras medidas de saúde pública adaptativas. Isso inclui a vigilância constante das variantes, para ajustar vacinas e tratamentos conforme necessário, e a promoção de práticas de higiene e saúde, que já são uma realidade neste chamado período pós-pandemia, muito eficazes na redução da transmissão de vírus respiratórios, como lavar as mãos frequentemente e utilizar máscaras em ambientes de alto risco. Simultaneamente, é vital garantir que a população tenha acesso não só à vacinação, mas também a serviços de saúde adequados, suporte psicológico e informações claras.
Em suma, embora a COVID-19 ainda solicite nossa atenção, os avanços em vacinação, tratamento e conscientização significam que não precisamos sucumbir à preocupação excessiva. Com soluções integradas que combinam saúde pública, inovação e responsabilidade social, podemos enfrentar o futuro com confiança e resiliência. A chave está em permanecer vigilante e adaptável, garantindo que estamos sempre um passo à frente do vírus, que neste caso, não é mais desconhecido.
*Benisio Ferreira da Silva Filho é Biomédico, mestre em ciências da saúde, doutor em Biotecnologia e Biologia celular e Molecular, além de Professor e Pesquisador dos cursos da Escola Superior de Saúde Única do Centro Universitário Internacional Uninter.
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JULIA CRISTINA ALVES ESTEVAM
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