No dia 7 de março, teve início o maior festival de inovação do mundo: SXSW (South By Southwest) em Austin, Texas. Entre as diversas discussões sobre novas tecnologias, cultura digital e economia criativa, seria impossível não abordar a ascensão da Inteligência Artificial. E foi exatamente sobre isso que Christian Belady (Senior Advisor da DigitalBridge) e Chris Crosby (CEO da Compass Datacenters) discutiram em sua palestra: 5ª Revolução Industrial: O Futuro Baseado em Dados Precisa de Você.
Dentre a duração do painel, foi discutido o futuro do mercado de trabalho, já que a IA segue eliminando certos cargos e empregos, mas também criando novas oportunidades e ocupações. Dentro deste cenário, a Geração Z adentra um mundo ainda desconhecido, e precisam de competências e habilidades que não foram necessárias para seus antecessores. O mercado de trabalho sofre uma mudança completa de contextos e cria dificuldades de empregabilidade e permanência para a nova geração de trabalhadores.
Um estudo da Hult International Business School revela que 85% dos jovens recém-formados não se sentem preparados para o mercado de trabalho por suas faculdades, especialmente agora que a Inteligência Artificial não é apenas uma habilidade a ser masterizada, mas uma concorrente de peso. Isso porque, segundo o mesmo estudo, 37% dos gestores escolhem utilizar IAs e soluções tecnológicas ao invés de contratar jovens da Geração Z.
Luiz Faria, Líder em líder de APA e Hiperautomação da BlueShift, empresa referência em soluções de dados e tecnologia, afirma que o turnaround (processo de reformulação de uma empresa) de algumas descrições de cargos e suas funções é inevitável. “Novas habilidades serão exigidas para ocupar as mesmas posições que, cinco anos atrás, não as demandavam. Isso é um movimento recorrente do mercado, e acredito em encarar essas mudanças como upgrades, como facilitadores de trabalhos cada vez mais complexos e exigentes.” explica.
Como exemplo, Luiz cita a Automação de Processos Analíticos (APA) como uma nova abordagem para o mercado, já que ela busca automatizar todos os processos possíveis dentro das empresas. “A transformação digital de um ambiente de trabalho pode otimizar os processos do dia a dia e resolver diversos problemas como processos repetitivos e lentos ou mesmo atendimentos externos e internos.” explica.
O especialista também cita a abordagem low-code para desenvolvimento de softwares empresariais com um mínimo de programação, criando um ambiente intuitivo e acessível para iniciantes. “O low-code acelera o desenvolvimento da automação de processos, criando soluções adaptáveis para cada negócio. A demanda por novas soluções digitais apenas aumenta, e adicionar conhecimento ou experiência com plataformas automatizadas ou mesmo com recursos utilizados pela APA como machine learning e IA nas descrições de cargos favorece seu enriquecimento e garante que os novos contratados para essas funções já entrem com o conhecimento de como funcionará seu trabalho dentro da empresa.”
O desenvolvimento das IAs dentro do mercado de trabalho tem o potencial de tornar os novos trabalhadores mais produtivos, ajudá-los a concluir tarefas mais rapidamente e agir como um verificador da qualidade e instrutor para melhorias. Além disso, essa automação com o uso de Inteligências Artificiais tem o potencial de se tornar um mecanismo de eficiência para a nova geração. Christian Belady enfatizou em seu painel na SXSW a necessidade de estimular os jovens que fazem sua estreia nas empresas nesse momento a investir em educação e pesquisas para anteciparem os novos requisitos do mercado e se tornarem mais competitivos para serem bem sucedidos dentro dele.
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THAIANE MUNIZ RIBEIRO DOS SANTOS
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