A produtividade das empresas de distribuição deve crescer bastante nos próximos anos, e a tecnologia está no centro dessa transformação. Um estudo global da Infor revelou que 81% dos distribuidores brasileiros de mercadorias esperam aumentar sua produtividade em pelo menos 20% nos próximos três a cinco anos. O levantamento, realizado com 3,6 mil empresas de 15 países, mostrou que a digitalização dos processos está cada vez mais no radar do setor.
Com o mercado mais exigente por eficiência e a escassez de profissionais qualificados, contratar mais gente nem sempre resolve ou é viável. Por isso, muitas empresas estão focadas em extrair o máximo das equipes atuais, e a tecnologia aparece como a principal solução para otimizar operações e reduzir gargalos.
A pesquisa apontou que 78% dos distribuidores brasileiros pretendem ampliar os investimentos em tecnologia em pelo menos 20% nos próximos anos. Ainda assim, o Brasil está atrás de outros países da América Latina, como o México, onde 84,1% das empresas demonstraram essa intenção.
Além disso, 79% dos entrevistados acreditam que o sucesso do setor dependerá diretamente da adoção de novas tecnologias. Ferramentas como Inteligência Artificial, Machine Learning e automação de processos já estão sendo adotadas para agilizar tarefas repetitivas, melhorar a tomada de decisões e aumentar a eficiência operacional.
Um exemplo prático dessa digitalização é o sistema do frotacontrol, que centraliza a gestão de frotas ao integrar o controle de veículos, motoristas e fornecedores em uma única plataforma. A ferramenta automatiza o monitoramento de prazos, alertas de manutenção e vencimento de documentos, reduzindo a carga administrativa e aumentando a produtividade das equipes. Além disso, relatórios customizados e checklists digitais ajudam a garantir que os processos operacionais sejam mais eficientes e alinhados às exigências do setor logístico.
Além de otimizar a gestão de veículos e prazos, o sistema também permite monitorar padrões de condução dos motoristas, identificando excessos de velocidade, frenagens bruscas e tempo de direção. Com esses dados, as empresas podem criar programas de capacitação focados na segurança e eficiência, reduzindo custos com manutenção e aumentando a vida útil da frota.
O estudo também identificou quatro pontos em comum entre as empresas que mais crescem: processos e sistemas eficientes, agilidade na adaptação ao mercado, cultura orientada por dados e foco no cliente.
No Brasil, um dos principais destaques foi a automação de processos internos. Empresas mais produtivas têm investido em tecnologia para eliminar tarefas manuais e repetitivas, criando fluxos de trabalho mais ágeis. Além disso, o uso de indicadores-chave de desempenho tem sido fundamental para acompanhar e mensurar resultados em tempo real.
Os indicadores de desempenho das frotas monitorados pelo frotacontrol já utilizam Inteligência Artificial para processar grandes volumes de dados e identificar padrões que ajudam a reduzir custos operacionais. Com a automação desse acompanhamento, as empresas conseguem antecipar necessidades de manutenção, prever falhas e otimizar rotas sem precisar investir tempo excessivo nessas análises. Isso libera os gestores para se concentrarem em decisões estratégicas, garantindo um melhor aproveitamento da frota e aumentando a eficiência operacional.
Apesar do avanço tecnológico, a eficiência operacional não depende apenas de sistemas automatizados. O fator humano continua sendo fundamental para o sucesso dessas implementações. O acompanhamento do comportamento dos motoristas e o investimento contínuo em treinamentos são essenciais para garantir que as soluções tecnológicas sejam bem aplicadas no dia a dia da operação.
Outro fator essencial é a rapidez para reagir às mudanças do mercado. Empresas que utilizam dados para prever tendências e antecipar demandas conseguem tomar decisões mais assertivas, reduzindo desperdícios.
O setor de distribuição e logística está diretamente ligado à eficiência operacional, e a tecnologia tem sido uma peça-chave nesse avanço. A automação de armazéns, o rastreamento em tempo real e os sistemas de roteirização inteligente estão otimizando cada etapa da cadeia de suprimentos.
O uso de inteligência artificial no planejamento de rotas, por exemplo, reduz custos com combustível e melhora o tempo de entrega. Já as plataformas integradas de gestão de frota permitem um controle mais preciso do desempenho dos veículos, ajudando na manutenção preventiva e na redução de custos operacionais.
Empresas que investem em digitalização também conseguem lidar melhor com imprevistos. O monitoramento remoto e análise preditiva de falhas garantem maior previsibilidade e menor tempo de resposta a problemas operacionais. Com isso, as distribuidoras aumentam sua produtividade e garantem um serviço mais confiável e eficiente para os clientes.
Além da digitalização, a pesquisa da Infor mostrou que as empresas mais produtivas mantêm um forte alinhamento entre inovação e as expectativas dos clientes. No Brasil, houve um destaque para a criação de equipes dedicadas a analisar feedbacks e antecipar tendências. O objetivo é melhorar os serviços oferecidos e tornar as operações mais eficientes.
Está cada vez mais claro que a implementação de tecnologia permite um atendimento mais ágil e personalizado, facilitando a comunicação entre fornecedores, distribuidores e consumidores finais. Ferramentas como chatbots, plataformas de autoatendimento e análises preditivas de demanda ajudam a evitar rupturas de estoque e a garantir entregas no prazo.
O cenário competitivo exige que as empresas invistam cada vez mais em inovação para se manterem relevantes. No setor logístico, onde tempo e precisão são fatores decisivos, a tecnologia melhora a produtividade e fortalece a relação com o cliente ao oferecer um serviço mais ágil e confiável.
Embora as ferramentas digitais sejam essenciais para aumentar a produtividade, o engajamento dos profissionais é o que realmente garante que essas inovações sejam aplicadas de forma eficiente. As empresas que investem na qualificação contínua dos motoristas e equipes operacionais colhem os melhores resultados na integração entre tecnologia e fator humano.
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DANIEL CORREA RODRIGUES
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