A cultura do absenteísmo, caracterizada pela falta de pacientes em consultas agendadas, é um dos principais desafios do setor de saúde brasileiro, com índices elevados em diversas regiões do país.
Uma análise do Sistema Único de Saúde (SUS), divulgada pelo Medscape, revelou que a taxa de faltas pode chegar a 25%. O estudo também considerou a quantidade de exames não realizados.
No Brasil, o problema ainda carece de uma solução definitiva, pois está relacionado tanto à desorganização dos pacientes quanto à gestão dos consultórios. Apesar disso, avanços tecnológicos oferecem alternativas para reduzir esse impacto nos próximos anos.
Consultórios e clínicas de diferentes regiões registram altos índices de faltas. No Espírito Santo, por exemplo, o absenteísmo atinge 38,6%, gerando perdas financeiras que chegam a R$ 20 milhões entre consultas e exames não realizados.
Em São Paulo, a projeção é de que o setor privado possa perder até R$ 144 mil anualmente devido às ausências. No período entre dezembro e janeiro, esse índice pode chegar a 40% em todo o país, segundo levantamento da Medicina S/A.
As faltas costumam estar associadas a problemas de organização, seja por esquecimento dos pacientes ou por imprevistos. Além disso, sistemas de gestão ineficientes também contribuem para a dificuldade na reestruturação da agenda diante dessas ausências.
O alto número de faltas pode gerar prejuízos financeiros consideráveis para clínicas, principalmente para consultórios menores. Espaços na agenda deixam de ser utilizados, o que compromete o faturamento e dificulta o planejamento financeiro.
Além disso, a necessidade de remarcar consultas sobrecarrega a agenda, aumentando o tempo de espera para outros pacientes e gerando insatisfação. Em alguns casos, esse aspecto faz com que os clientes desistam da consulta.
Recentemente, a Conclínica, especializada em gestão para clínicas, lançou uma calculadora No-Show online para auxiliar no combate ao absenteísmo. A ferramenta fornece informações sobre os impactos das faltas, ajudando a criar estratégias para reduzir essas ocorrências.
Para utilizá-la, é necessário informar dados como o valor médio de cada consulta, a duração do atendimento, a quantidade de faltas semanais e a especialidade do consultório. Com essas informações, a ferramenta estima as perdas causadas pelas ausências.
Vale ressaltar que a calculadora tem caráter informativo e não substitui o auxílio de um especialista financeiro.
Atualmente, cada vez mais clínicas adotam softwares de gestão. Um relatório da Doctoralia aponta que 73% dos consultórios utilizam alguma solução tecnológica, seja própria ou terceirizada.
Esses sistemas ajudam na organização da agenda e facilitam a adoção de estratégias para reduzir faltas, como:
Embora algumas ausências sejam inevitáveis, essas medidas contribuem para reduzir o problema, melhorando a organização e a saúde financeira das clínicas.
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CAIO FERREIRA IRINEU
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