Cerca de 45% dos infartos não apresentam sintomas diz estudo

Chamado de infarto silencioso, é mais comum em diabéticos, idosos, e mulheres, e pode apresentar sintomas atípicos

LETíCIA GONçALVES
14/03/2025 17h53 - Atualizado há 12 horas
Cerca de 45% dos infartos não apresentam sintomas diz estudo
divulgação

São Paulo, março de 2025 –  O infarto silencioso, também conhecido por infarto do miocárdio silencioso (IMS), ocorre quando o fluxo sanguíneo para o coração é bloqueado sem causar sintomas evidentes ou apenas sinais leves e inespecíficos. Muitas pessoas só descobrem que tiveram um infarto silencioso após exames de rotina, como eletrocardiograma ou ecocardiograma. 

De acordo com o estudo publicado no periódico "Circulation", quase 45% dos infartos são silenciosos, ou seja, não apresentam sintomas típicos e podem passar despercebidos. A pesquisa analisou quase 10 mil pessoas nos EUA, mostrando que quem sofreu um infarto silencioso tem três vezes mais chances de morrer de doenças cardíacas e um risco 34% maior de morte por qualquer causa.

Os ataques cardíacos silenciosos foram mais comuns em homens, mas as mulheres são mais propensas a morrer por suas consequências. Segundo o cirurgião cardíaco, Dr. Elcio Pires Junior, o estudo destaca principalmente a importância dos check-ups periódicos para detectar esses casos. 

"A ausência de sintomas não significa ausência de risco. Pelo contrário, o infarto silencioso pode ser ainda mais perigoso, pois passa despercebido e sem tratamento adequado", alerta o especialista.

Muitas vezes, o paciente não percebe que sofreu um infarto e só descobre a condição meses ou anos depois, quando já há sequelas no músculo cardíaco. “Esse tipo de infarto é mais frequente em diabéticos, idosos e mulheres, que podem apresentar sintomas atípicos, como fadiga excessiva, falta de ar, desconforto gástrico, suor frio e tontura”.

Os principais fatores de risco incluem hipertensão, colesterol alto, tabagismo e diabetes e o diagnóstico é feito por exames de imagem e testes laboratoriais que identificam danos cardíacos. 

“A melhor forma de prevenção é manter o controle da pressão arterial, colesterol e glicose, além de adotar hábitos saudáveis e realizar check-ups médicos regulares, principalmente para aqueles com fatores de risco, como histórico familiar, obesidade, tabagismo e sedentarismo”, finaliza Dr. Elcio.

Sobre o especialista:

 Dr. Elcio Pires Junior é formado em Medicina pela Universidade de Ribeirão Preto (2003), com especialização em Cirurgia Cardiovascular pela Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo (2009). Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Coordenador da Cirurgia Cardiovascular dos Hospitais da Rede D'Or São Luiz Osasco, Central Sul e Central Oeste. Coordenador da Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular do Hospital Bom Clima. Cirurgião Coordenador da Cirurgia cardíaca do Hospital Hospitalis de Barueri. Cirurgião Cardiovascular do Hospital Blanc de São Paulo e Cirurgião Cardiovascular na cidade de Campinas, nos Hospitais Beneficência Portuguesa e São Luiz Campinas.


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Letícia Gonçalves dos Santos
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FONTE: Assessoria Medellín
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