Macapá recebe atletas promissores do wrestling brasileiro no sábado

Circuito Norte-Nordeste é oportunidade para cerca de 170 wrestlers de vários estados somarem pontos no ranking da CBW e buscarem vaga no Programa Bolsa Atleta

CARLOS ALESSANDRO SILVA
11/03/2025 17h40 - Atualizado há 8 horas
Macapá recebe atletas promissores do wrestling brasileiro no sábado
A delegação do Amapá é a maior do torneio com 60 atletas inscritos, seguida de São Paulo (47), Pará (21) e Roraima (15) / Panda Fight Team
Macapá será por um dia a capital do wrestling nacional com a realização do Circuito Norte-Nordeste, neste sábado (15), das 9h às 17h, no Ginásio Avertino Ramos.

Promovido pela Confederação Brasileira de Wrestling (CBW), com apoio do Governo do Estado do Amapá, por meio da Secretaria do Desporto e Lazer, o torneio aberto ao público reunirá cerca de 170 wrestlers dos estilos livre e greco-romano.

Atletas representantes dos estados Amapá, Pará, Roraima, Mato Grosso do Sul, Paraná, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte mostrarão a força da modalidade que cada vez se capilariza pelas cinco regiões do país e que segue firme para relevar talentos neste ciclo rumo aos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.

Os competidores lutarão em dois tapetes oficiais, nas classes etárias Infantil, Cadete, Júnior, Sênior e Veteranos, seguindo os regulamentos da United World Wrestling (UWW). Dentre os destaques nos confrontos, três atletas da delegação do Amapá vêm chamando a atenção nas últimas temporadas competindo pelo clube da capital Panda Fight Team.

O macapaense Danielson de Jesus, 17 anos, é o primeiro do ranking brasileiro na sua classe etária da categoria 60 kg do greco-romano. Ele coleciona resultados importantes em 2024 como os ouros no Campeonato Brasileiro e na Seletiva do Panamericano.

A conterrânea Ana Beatriz Sales Lima, 19 anos, é outra jovem promessa na categoria 50 kg do estilo livre. “Comecei a treinar aos 14 anos e fui bicampeã brasileira em 2023 e 2024”, conta a atleta.

Os olhares também estarão voltados para a paraense Kailane Araújo, radicada em Macapá. Aos 19 anos, ela entrou para a modalidade em 2019 e conquistou a primeira medalha (bronze) no Brasileiro Interclubes de 2022 pela categoria 53 kg. No mesmo ano, faturou o bronze no Circuito Norte-Nordeste em Campina Grande (PB) e a prata nos Jogos Escolares em Ribeirão Preto (SP) na categoria até 57 kg. Em 2024, entrou de vez para o grupo das promessas da modalidade com o título brasileiro na categoria 53 kg em Cuiabá (MT) e a classificação para o Panamericano 2025 a ser realizado no México.


“Sempre tive o apoio da minha família, o que é fundamental para me dar força e concentração. Na minha academia temos um lema: sonhar grande e sonhar pequeno exige o mesmo trabalho, então por que não continuar para ser uma das melhores do Brasil?”, declara Kailane.

Os atletas que integram as seleções de base e principais do wrestling brasileiro elevarão o nível dos confrontos: Miguel Xavier dos Santos (sub 17, greco-romano, 80 kg, representante do Rio de Janeiro), Victor Nascimento (sub 17, greco-romano, 65 kg, Amapá), Fernando Bencke (sub 17, greco-romano,  71 kg, Paraná), Davi Silva Giovannetti (sub 23, livre, 57 kg, São Paulo), Mayara Ramos Pereira (sub 23, livre, 62 kg, São Paulo), Thais Tertuliano Sales (sub 23, livre, 68 kg, São Paulo),  Wesley Barros das Dores (sub 23, greco-romano, 125 kg, São Paulo) e Brenda Aguiar (sub 23, livre, 76 kg, São Paulo).

Oportunidade para todos

O nome do circuito se deve ao fato de ser realizado sempre em cidades do Norte e Nordeste, porém a participação é aberta a atletas de qualquer região do país. As regras do circuito determinam que os atletas podem competir em apenas uma categoria de peso por estilo. O controle será feito por meio de uma pesagem oficial no dia do evento, das 7h às 7h30, com tolerância de 1kg. Os primeiros colocados de cada categoria serão premiados com medalhas, enquanto as três melhores federações receberão troféus.

Compromisso social e espírito competitivo

O Circuito Norte-Nordeste também será marcado por uma ação solidária. Cada participante, incluindo público e atletas, deverá contribuir com 1kg de alimento não-perecível, que será destinado a instituições de caridade locais.

“Acreditamos no wrestling para além do esporte, como uma ferramenta de transformação social. O circuito é reflexo do nosso compromisso em promover o esporte e impactar positivamente as comunidades que nos recebem”, ressalta o presidente da CBW, Flavio Cabral Neves.

Para os atletas, a competição é uma oportunidade valiosa de somar pontos no ranking nacional e reforçar a busca por uma vaga no programa federal Bolsa Atleta, um dos maiores incentivos do esporte nacional.

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CARLOS ALESSANDRO REGO DA SILVA
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FONTE: Confederação Brasileira de Wrestling
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