Mulher é força, coragem, resistência e justiça
Na advocacia, especialmente na área criminal, as mulheres constroem uma história marcada pela luta, pela competência e pela coragem
FERREIRA ANTUNES
08/03/2025 07h38 - Atualizado há 13 horas
Divulgação
Sheyner Yàsbeck Asfóra* A mulher é força. É coragem. É presença que transforma, voz que ecoa e revolução que se move todos os dias. Em um mundo que ainda carrega as marcas da desigualdade, as mulheres seguem em marcha, construindo pontes e rompendo barreiras com coragem e resiliência. Elas não pedem espaço — conquistam, ocupam e reescrevem suas próprias histórias com dedicação, altivez e bravura em suas ações.
Na advocacia, especialmente na área criminal, as mulheres constroem uma história marcada pela luta, pela competência e pela coragem de ocupar espaços que, por muito tempo, lhes foram negados. Elas não apenas defendem seus constituintes — defendem a própria liberdade de existir e atuar com respeito e dignidade.
As advogadas criminalistas sabem que cada sustentação oral, cada audiência e cada ato processual carrega, além do peso técnico, a necessidade constante de reafirmar sua legitimidade. Elas lidam não só com a dureza das questões criminais, mas também com o preconceito e a resistência de um sistema que ainda precisa avançar muito em termos de igualdade de gênero.
Mesmo assim, seguem firmes. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), as mulheres já são maioria na advocacia: 667.606 advogadas em um total de 1.310.512 profissionais registrados. Esse número simboliza a conquista de um espaço que começou a ser desbravado por Myrthes Gomes de Campos, a primeira mulher a se formar em Direito no Brasil, em 1898, e que precisou lutar por quase uma década para ser aceita no Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB).
Mas a história de resistência feminina na advocacia vem de muito antes. Esperança Garcia, mulher negra escravizada, escreveu, em 1770, uma carta ao governador do Piauí denunciando os maus-tratos que ela e outras pessoas sofriam. Séculos depois, esse documento foi reconhecido como a primeira petição escrita por uma mulher no Brasil — um símbolo da força feminina e da crença inabalável no poder da palavra na busca por justiça.
Hoje, as advogadas criminalistas honram esse legado todos os dias. Elas enfrentam o peso dos casos mais complexos, sustentam a defesa com técnica e ética, e contribuem para a construção de uma advocacia mais humana e plural.
No âmbito da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim), as mulheres não são coadjuvantes — são protagonistas, ocupando cargos de liderança e impulsionando ações que fortalecem as prerrogativas da advocacia feminina. E em ações concretas de valorização e reconhecimento, a Abracrim formatou a sua diretoria nacional com paridade de gênero, sendo formada por seis homens e seis mulheres e, ainda, ampliou as representações femininas nas presidências estaduais e nas comissões temáticas nacionais, reflexo do real e efetivo valor da mulher no mundo jurídico e em todos os campos da sociedade.
Valorizar essa presença e ampliar as oportunidades para as mulheres na sociedade é uma responsabilidade coletiva. Mais do que homenagens, é essencial implementar políticas que garantam respeito, segurança e igualdade no exercício da advocacia, para que nenhuma profissional precise escolher entre ser mulher e ser advogada.
Conquistas por elas foram conquistadas e outras ainda serão … a luta continua e é uma luta de todas e de todos e nessa caminhada de lutas as advogadas criminalistas seguirão escrevendo a história da advocacia com coragem, resistência e um compromisso inabalável com a justiça.
Parabéns a todas por esse Dia Internacional da Mulher que é de celebração pela presença, valor e coragem das mulheres que fortalecem a advocacia criminal e inspiram a construção de um futuro mais justo e igualitário.
*Sheyner Yàsbeck Asfóra é presidente nacional da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas – Abracrim Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
CAIO FERREIRA PRATES
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