Com diversidade e inclusão, Instituto Etiene Medeiros confirma objetivos do Dia Internacional da Mulher

Entre os seus 220 alunos, 60% são mulheres e, destas, 43,8% pretas ou pardas. Tema deste ano do 8 de março é "Para TODAS as mulheres e meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento"

ZDL SPORTS
07/03/2025 10h01 - Atualizado há 1 dia
Com diversidade e inclusão, Instituto Etiene Medeiros confirma objetivos do Dia Internacional da Mulher
Wagner Cavalcanti/IEM
O Instituto Etiene Medeiros (IEM) tem sua história e seu dia a dia ligado às mulheres. Fundado pela nadadora pernambucana Etiene Medeiros, as meninas são maioria entre os alunos atendidos pelo IEM. Dos 220 participantes das atividades do Instituto, 60% são mulheres e, destas, 43,8 % pretas ou pardas. Neste sábado, 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher. E o tema escolhido para este ano “Para TODAS as mulheres e meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento.” – vai muito ao encontro dos objetivos do Instituto, com foco no combate às desigualdades de raça, classe e gênero.

“Inclusão de verdade não se faz apenas com discurso. Mas, com ações concretas. No Instituto, entendemos que equidade significa garantir oportunidades para quem historicamente teve menos acesso. Assim, damos preferência, no momento da inscrição, a meninas e a pessoas negras. Uma forma de agir para transformar essas realidades”, afirma Dayse Rodrigues, professora de Diversidade do IEM.

“E, para além das inscrições, temos também a disciplina de Diversidade e Inclusão, em que estamos todo o tempo conversando com os nossos estudantes, com os pais, propondo ações concretas. Seja no nosso manual, nos procedimentos internos, para que a gente vá transformando os nossos jovens e, também, as famílias e a sociedade de uma forma geral”, observa a professora.

Fundado por Etiene, nadadora negra e primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro em um Mundial da modalidade, o IEM tem como missão, em suas diferentes atividades, ampliar o acesso ao esporte, à educação e à cultura na infância e adolescência. São ações esportivas e, também, voltadas para áreas como cidadania, cultura e diversidade, contribuindo para a formação de novas gerações mais engajadas socialmente.

O 8 de março - Ano a ano, muitas são os desafios e conquistas das mulheres, ocupando espaços que antes eram tabus, seja no esporte, seja na vida. Dayse lembra que a data do 8 de março é importantíssima, voltando os olhares para uma luta ainda muito presente nos dias atuais, em busca da igualdade de gênero e combate à desigualdade.

"Todas essas datas que têm link com questões históricas, com lutas históricas, não colocamos como data de celebração. Claro que temos muito a celebrar. Mas, é principalmente um marco histórico e um dia para que a gente pense, reflita e, principalmente, para que a gente construa ações para combater essa desigualdade. E ela é muito voltada para o movimento feminista branco, mas sempre trazemos aqui um recorte importante que é olhar de forma mais ampla, entendendo que as mulheres hoje que mais sofrem essa discriminação são as negras, indígenas e periféricas”, completa Dayse.

Sobre o IEM - O IEM hoje conta com o apoio da Secretaria de Educação e Esportes, Parque e Centro Esportivo Santos Dumont, Banco Votorantim e B3, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte e do Governo Federal.

O Instituto une educação e esporte como ferramentas de transformação social. As atividades são realizadas no Centro Esportivo Santos Dumont de terça a sexta-feira. O IEM busca proporcionar desenvolvimento integral às crianças e jovens que participam do projeto, com foco na natação e no combate às desigualdades de raça, classe e gênero. Os alunos fazem parte da rede pública de ensino do Estado de Pernambuco e precisam participar de até 75% das atividades mensais do IEM para garantirem permanência no projeto.

Etiene Medeiros - Primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro em um Mundial de Natação, Etiene está entre as melhores do mundo nos 50 metros costas há seis anos. Antes do título em 2017, em Budapeste (HUN), foi quarta colocada no Mundial em Barcelona 2013 e bronze em Kazan 2015. Ela também é bicampeã do mundo em piscina curta (Doha/2014, quando bateu o recorde mundial, e Windsor/2016), além da vitória no revezamento medley misto em 2014. Em 2019, acrescentou mais uma medalha em Mundiais, a prata nos 50 m costas. Única brasileira bicampeã pan-americana de natação - ganhou ouro nos 100 m costas em Toronto, em 2015, e nos 50 m livre em Lima, em 2019 -, Etiene soma nove medalhas no Pan, sendo quatro no Canadá e cinco no Peru.

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DURVALINO VERGILIO DORO JUNIOR
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