Roda de Conversa aborda os desafios e resistências das mulheres negras nos Séculos XX e XXI

Verbo Nostro
06/03/2025 15h58 - Atualizado há 3 semanas
Roda de Conversa aborda os desafios e resistências das mulheres negras nos Séculos XX e XXI
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Debate acontece no próximo sábado, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, às 10h, no Centro de Referência em Educação para as Relações Étnico-Raciais, situado nos Campos Elíseos. A entrada é aberta e gratuita. As vagas são limitadas, com entrada por ordem de chegada

Ribeirão Preto (SP), 6 de março de 2025 - No Dia Internacional da Mulher, 8 de março (sábado), às 10h, o Centro de Referência em Educação para as Relações Étnico-Raciais de Ribeirão Preto recebe a roda de conversa 'Mulheres Negras no Século XX e XXI – Desafios e Resistências'. O evento faz parte da programação de lançamento do “Ribeirão Noir: o Roubo da Estátua de São Sebastião”, projeto contemplado pelo edital da Lei Paulo Gustavo, em Ribeirão Preto, para a produção e desenvolvimento de games. A entrada é aberta e gratuita, com vagas limitadas a 35 participantes. O Centro fica na Rua Goiás, 1072, Campos Elíseos.

A roda de conversa reúne três convidadas de diferentes gerações para analisarem em conjunto as conquistas e os desafios históricos das mulheres negras ao longo dos séculos XX e XXI. São elas: 

Maria Helena Ramos (75 anos), intitulada “A Guardiã da Memória”, mestra da cultura afro-brasileira, mestra em Educação e especialista em História da África e das Diásporas, idealizadora do Sarau Odilon. Atuou como coordenadora dos Museus Histórico e do Café de Ribeirão Preto, além de liderar iniciativas na Fundação Memorial da América Latina e no Centro Cultural São Paulo. Também é co-criadora da Casa Tiiywras Tikunas na FLIP; 

Mirella Archangelo (18 anos), “A Voz da Nova Geração”. É estudante de Jornalismo, palestrante e ativista social e ficou famosa nas redes sociais depois de conhecer a jornalista brasileira Gloria Maria, sendo a personalidade regional mais nova a ganhar o prêmio Troféu Raça Negra em 2023; 

Rosemary Rodrigues de Oliveira (54 anos), “A Mediadora”. É licenciada em Ciências Biológicas, mestra e doutora em Educação para a Ciência (Unesp). Professora assistente doutora (FCAV/Unesp), e do Programa de Pós-graduação Interunidades em Ensino e Processos Formativos (Unesp). Realiza pesquisas sobre gênero e sexualidades no ensino em interface com os estudos decoloniais.

A intenção dos coordenadores do projeto com a escolha pela diversidade etária das convidadas deste primeiro encontro visa trazer uma perspectiva intergeracional para os participantes, ampliando o olhar sobre as lutas e conquistas das mulheres negras ao longo do tempo. Conforme descrição do projeto, o evento busca promover reflexões sobre racismo, misoginia, representatividade e protagonismo das mulheres negras, de forma a fortalecer a memória coletiva e ressaltar a importância de seus avanços na sociedade contemporânea.  

“Além disso, a proposta do debate é estabelecer um diálogo entre as experiências reais das convidadas e participantes e as narrativas de resistência vividas por Dandara, protagonista do game”, explica Fernanda Moura, diretora de produção e comunicação do projeto.

A roda de conversa integra uma programação mais ampla que antecede o lançamento oficial do jogo, previsto para junho deste ano, durante as festividades do aniversário de Ribeirão Preto. "Pensamos essa agenda cultural como uma forma de aproximar o público do processo de desenvolvimento do game, convidando a todos participantes a acompanhar e interagir com essa construção coletiva", ressalta Fernanda.

A professora Rosemary Rodrigues de Oliveira, que assumirá a mediação da roda de conversa, acrescenta que o encontro irá explicitar alguns aspectos da questão da raça, do gênero e da classe interseccionadas no contexto da sociedade brasileira na contemporaneidade, buscando apreender como a intervenção protagonizada por várias mulheres negras, ativistas na luta contra o racismo, legitima esse debate efervescente na vida cotidiana. “Apreender as assimetrias de raça/cor e o modo como o racismo opera é condição primordial para a efetivação do projeto ético-político do nosso país. Estou muito feliz e ansiosa para o encontro, pois acredito que essa troca de ideias entre mulheres negras de diferentes gerações será muito potente”, finaliza.

Ribeirão Noir
Trata-se do primeiro jogo digital educativo com narrativa inspirada na cidade de Ribeirão Preto e suas dinâmicas sociais dos anos 1950. No game, a protagonista Dandara, investiga o desaparecimento da recém-inaugurada estátua de São Sebastião, enquanto enfrenta uma cidade estruturada por desigualdades sociais e barreiras impostas às mulheres negras. A iniciativa é da Palimpsesto Produções em Arte e Tecnologia, em parceria com a Curupira Educação Cultura Jogos.  

Serviço
O que: Roda de Conversa: Mulheres Negras no Século XX e XXI – Desafios e Resistências

Onde: Centro de Referências e Estudos Étnico-Raciais de Ribeirão Preto – Rua Goiás, 1072, Campos Elíseos.
Quando: 8 de março de 2025
Horário: 10h
Entrada: Gratuita – sujeita à lotação máxima do local (35 pessoas).
Redes sociais: @ribeiraonoir

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VALTER JOSSI WAGNER
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FONTE: https://www.instagram.com/verbonostro/
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