Cátedra do clima no IEA

Mudanças Climáticas

Renato Nalini
19/12/2024 07h03 - Atualizado há 1 mês
Cátedra do clima no IEA
Domínio Público

            Um dos excelentes préstimos do cientista José Goldemberg à cultura brasileira foi a criação, em 1986, do IEA – Instituto de Estudos Avançados da USP. Essa instituição reúne pensadores qualificados, todos de excepcional gabarito, para pensar os problemas da humanidade.

            A sistemática de trabalho é o funcionamento de Cátedras dos mais variados temas, coordenadas por alguém com reconhecida expertise e integrada por outros professores de igual nível.
            Excelente notícia no final de 2024, o lançamento da Cátedra Clima e Sustentabilidade entregue à notória capacidade do climatologista Carlos Nobre, o mais respeitado brasileiro na área que é a mais urgente e a mais importante da contemporaneidade.
            Estudioso da situação climática há meio século, é grande conhecedor de todos os biomas, notadamente da Amazônia, que estuda há mais de quarenta e dois anos. Foi ele quem recebeu o Presidente Joe Biden há pouco, o primeiro chefe de Estado da hegemônica nação norte-americana a visitar nossa Hileia, o “Inferno Verde” que assegura a qualidade do clima planetário, com seus “Rios Voadores” e que está sendo ferozmente exterminada pelo desmatamento, garimpagem ilegal, pecuária inadequada para a região, invasão e grilagem e próspera atuação da criminalidade internacional.
            A posse de Carlos Nobre no dia 18 de dezembro, na sede do IEA, ao lado do Conselho de Governança formado por Paulo Saldiva, Marcos Buckeridge, Carlos Cerri, Alexander Turra e Arlindo Philippi Júnior dá esperança de avanços no trato de uma questão que interessa a toda a humanidade e que estará em pauta em 2025, ano em que o Brasil novamente sediará uma COP, a de número 30, em novembro na capital do Pará.
            É importante que o Brasil se posicione e exija dos países ricos o cumprimento dos compromissos firmados e que recupere o retrocesso das últimas três COPs, cujos protagonistas principais foram os produtores de petróleo, o combustível fóssil que está envenenando a frágil Terra, única opção para a continuidade da vida, qual a conhecemos.

 

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LUCIANA FELDMAN
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