20/11/2024 às 01h42min - Atualizada em 21/11/2024 às 08h07min

Rock radiofônico: banda brasiliense Koppa lança o álbum "Leve"

As dez faixas, sendo seis inéditas, falam sobre enfrentar os problemas da vida humana moderna com o intuito de alcançar a leveza

MATHEUS LUZI
Banda Koppa em fotografia de Juaj Xavier @juajxavier

De Brasília, a banda Koppa apresenta seu primeiro álbum autoral nesse 20 de novembro. “Leve” é um álbum de dez faixas, sendo seis inéditas. O rock é o ritmo predominante, com nuances da música pop e de outros gêneros. As músicas, compostas a partir de 2017, propõem encarar os problemas da vida humana moderna como uma forma de encontrar a leveza.

“Que viver uma vida leve consiste em falar sobre problemas do cotidiano (relacionamento, sonhos, julgamento alheio, problemas psicológicos). De certa forma, o álbum vai contra todo o positivismo exacerbado que vemos nas redes sociais hoje, onde muitas vezes maquiamos alguns problemas que acontecem no mundo real. Queremos que quem escute o álbum entenda que pra viver bem faz parte encarar alguns problemas, falar sobre eles.”, explicaram os integrantes em comunicado conjunto.

“Leve” diz muito sobre a jovialidade e, ao mesmo tempo, a experiência de palco e estúdio dos integrantes. Koppa é João Quirino, Fill Victer, Daniel Ribeiro e Renato Alves, todos da capital brasileira. O vocalista, João Quirino, é o único membro fundador, os demais integrantes já passaram por outros projetos, e Renato Alves (ex-Massay) é o novo integrante, substituindo Juaj Xavier no baixo. A banda, inspirada em nomes como Supercombo, Lagum e Linkin Park, estreou em 2015 com o EP “Epifania”, lançou mais um EP em 2018 e quatro singles que agora são faixas de “Leve”. Koppa entrou em hiato entre 2021 e 2022, quando retornou aos palcos.

Em 2016 o grupo participou da Feira do Troca, tradicional evento de Olhos D’Água”, município do interior de Goiás. Em 2017, foi finalista do Festival Universitário de Música Candanga (Finca), realizado pela UnB. No ano de 2018, com o lançamento do EP “Transparecer”, rodou quatro estados (DF, GO, MG e RJ) com a turnê de divulgação, mas pouco tempo antes tocou em um pequeno festival de Brasília, com as bandas Lupa e Lagum no setlist. No mesmo ano, fez parte da coletânea Toma Rock, organizada pela Rádio Transamérica, que reuniu os principais nomes da efervescente cena do Distrito Federal. Em 2023, a banda abriu o show do músico Marcelo Falcão, ex-Rappa, no palco principal do Capital Moto Week, o maior encontro de motociclistas da América Latina e que tem o maior palco do centro oeste.

O álbum "Leve" tem composições assinadas pelos integrantes do Koppa (incluindo o ex-integrante Juaj Xavier), que também assinam a produção musical em parceria com Ricardo Ponte. Em "Leve", João Quirino é o vocalista principal, Daniel Ribeiro o guitarrista, Renato Alves no baixo e Fill Victer na bateria. O álbum foi gravado no estúdio do Ricardo Ponte e as baterias no 1234 Recording Studio, em Brasília.

Escute “Leve” nas plataformas digitais

 

Faixa a faixa (por Koppa)

Tempo Rei: Iniciando a reflexão que queremos desenvolver ao longo do álbum. Nesse momento, a respeito do fato de que não podemos controlar a passagem do tempo e que não adianta acelerar as coisas. Que o tempo é soberano e que não adianta lutar contra ele. Fica subentendido de que o personagem aqui vive em ansiedade.

Colocamos no início da música ela é uma pedrada e queremos criar a expectativa de como será o show da Koppa, além de que retrata o início da reflexão que queremos passar sobre o que é ter uma vida mais leve.

Montanha Russa: Fala sobre a dificuldade de manter um relacionamento no dia a dia, altos e baixos, etc; mas que há uma conexão forte entre o personagem e o seu parceiro.

Ainda temos rock, mas nessa tem alguns toques de música pop e até uns elementos de pagode no meio da música, de maneira bem sutil.

Vicio: Por também tratar de relacionamento, é uma continuação da música anterior. Dessa, de uma perspectiva mais alegre e ainda assim colocando o fato de que há alguns problemas ali.

Sem tempo: Fala sobre viver sem perspectiva (imagina uns CLT ai...) e sobre o julgamento alheio. Queremos que o ouvinte entenda que, quem faz isso na verdade, é uma auto projeção e que dar ouvidos a isso não te leva pra um bom lugar.

A levada ainda assim é dançante e falamos sobre um assunto "ruim" de uma maneira leve.

Oxigênio: Fala de quem está totalmente no fundo do poço e que está prestes ao suicídio. Além de todas as crises existenciais, sobre quem ele é e o que ele tem que fazer aqui nesse plano. No entanto, ele não o faz, mas retrata um momento de que ele fala sobre os problemas abertamente.

Mesmo que a gente fale de um assunto, levamos de uma maneira leve com todo o instrumental mais dançante.

Da mesma forma da música anterior, falamos sobre um assunto ainda mais pesado sem que o instrumental seja "fúnebre" ou contrito. Falar sobre os problemas faz parte e evidenciamos isso nessa música.

Paranoias: Depois da crise relatada na música anterior, a reflexão leva esse "personagem" ao termino do relacionamento que não está dando certo, quanto aos seus erros, quanto aos da outra pessoa. Dentro do álbum pode-se entender que ele(a) estava se enganando, e que pra ele melhorar ele vai ter que tomar umas decisões difíceis.

Sol: A perspectiva começa a mudar. Aqui é o primeiro estágio da sua melhora. Depois de tantas tentativas de melhora, "o sol entrou".

Eu ja falei: Mais uma música sobre relacionamento, mas essa é mais pra complementar o álbum.

Medos: Finalmente! Ele tacou o foda-se, que também faz parte de uma vida mais leve. Fala também sobre seguir os sonhos e não ligar muito pra crítica alheia.

Leve: Todo o álbum é pra chegar nessa música. Entender que pra viver uma vida leve são necessárias algumas reflexões, encarar os problemas de frente, se preciso se livrar de relacionamentos que não te fazem bem. Inclusive, até sobre a questão do tempo (primeira música) ele ironiza sobre a mesma questão nessa música.

 

Ficha técnica

Compositores: Joao Quirino, Daniel Ribeiro Santos, Juaj Xavier e Fill Victer

Produção: Koppa e Ricardo Ponte

Instrumentos: Joao Quirino (Vocal Principal), Daniel Ribeiro (Guitarra), Juaj Xavier (Baixo), Fill Victer (Bateria)

 

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Matheus Ferreira Luzi Neto
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