12/11/2024 às 08h56min - Atualizada em 17/11/2024 às 00h00min
Jovens conectados, mas despreparados: geração digital possui dificuldade em utilizar computadores
A falta de conhecimento na área tem gerado desafios para ingressarem no mercado de trabalho
CAROLINA NOGUEIRA
Antenados Produtora Apesar de serem chamados de "nativos digitais", a chamada Geração Z — nascidos entre 1995 e 2010 — surpreendem os empregadores ao apresentarem dificuldades em lidar com ferramentas básicas de informática no ambiente de trabalho. Mesmo acostumados a interagir com smartphones, tablets e redes sociais desde cedo, esses jovens têm encontrado desafios ao usar computadores de mesa, especialmente programas como Word, Excel e outras ferramentas essenciais para o mercado de trabalho. De acordo com a coordenadora do projeto Adolescente Aprendiz do Instituto Ramacrisna, Aline Consuelita, muitos jovens têm dificuldades em tarefas simples, como acessar chamadas de vídeo ou utilizar planilhas. “Durante processos seletivos para vagas, observamos dificuldade por parte dos jovens no uso de algumas ferramentas pelo computador, até para acessar chamadas de vídeo”, explica. A falta de habilidade com essas ferramentas tem se tornado um obstáculo em um mercado que exige o domínio de programas do Pacote Office como pré-requisito básico. Nesse cenário, a importância de cursos de informática voltados para o mercado de trabalho torna-se evidente. Instituições como o Instituto Ramacrisna, localizado em Betim, têm desempenhado um papel fundamental na capacitação de jovens, preparando-os para a era digital. Na Instituição o acesso à informática começa cedo, a partir dos seis anos de idade, no Centro de Apoio Educacional Ramacrisna (CAER), onde as crianças têm a oportunidade de aprender o básico da informática, o que cria uma base sólida para o desenvolvimento de habilidades mais avançadas no futuro. Para a vice-presidente do Instituto Ramacrisna, Solange Bottaro, esta inserção de crianças e jovens no meio digital desde cedo é fundamental para prepara-los para enfrentar os desafios do mercado de trabalho atual. "No mundo em que vivemos, o acesso à tecnologia é um fator determinante para o sucesso profissional. No entanto, isso não basta. É essencial que essas crianças e jovens saibam usar as ferramentas tecnológicas de forma produtiva e eficaz. No Instituto Ramacrisna, acreditamos que oferecer essa capacitação é mais do que preparar para o mercado de trabalho, é abrir portas para um futuro cheio de oportunidades e empoderá-los com conhecimento que transforma realidades", afirmou Solange. Para os jovens a partir de 16 anos, o Instituo oferece opções mais avançadas, como o curso de operador de computador. Nele, os alunos aprendem a montar, instalar e reparar microcomputadores, identificando e solucionando problemas de software e hardware. Além disso, os jovens são capacitados para oferecer suporte a redes de computadores locais, aprendendo a configurar e utilizar equipamentos e softwares sob supervisão técnica, sempre observando normas de qualidade, segurança e saúde, um exemplo claro de como a formação em informática pode transformar carreiras. "É um grande desafio, mas também uma oportunidade imensa. Ensinar esses meninos a dominar a informática, montar computadores, solucionar problemas e entender softwares. Isso não apenas os prepara para o mercado de trabalho, mas também para a vida. Em um mundo tão inundado de tecnologia, precisamos combater a desinformação e garantir que esses jovens não apenas consumam, mas também produzam e evoluam com essas ferramentas.", disse César Mendes, professor do curso. Mas o investimento do Ramacrisna em tecnologia não para por aí. A instituição também oferece cursos mais avançados, como robótica educacional, programação web e mobile, desenvolvimento de jogos, AutoCAD, modelagem e impressão 3D. Essas formações não só capacitam os jovens para o mercado de trabalho, mas também os colocam na vanguarda das inovações tecnológicas. Onda Digital Buscando ampliar ainda mais o acesso à tecnologia, o Ramacrisna, em parceria com a Sotreq, deu início ao projeto Onda Digital, voltado para adolescentes a partir de 15 anos de idade das escolas públicas ao redor da unidade Sotreq Contagem. O projeto tem como foco trabalhar três pilares: inclusão digital, melhoria educacional e igualdade de gênero. A inclusão digital permite que esses jovens utilizem as tecnologias da informação como uma ferramenta de cidadania, além de estimular o raciocínio lógico, matemático e a criatividade, melhorando o desempenho escolar. O projeto também promove a igualdade de gênero, buscando ampliar a participação feminina na área da tecnologia, um setor marcado por uma profunda lacuna de gênero. Sobre o Ramacrisna O Instituto foi fundado em 1959, pelo jornalista Arlindo Corrêa da Silva, e já impactou a vida de mais de 2 milhões de pessoas de 12 cidades da Grande BH nos últimos 65 anos. Localizado em Betim/MG, o Ramacrisna desenvolve projetos de aprendizagem, profissionalização, cultura, de geração de trabalho e renda, de tecnologia, de esporte e lazer, entre outros. A Instituição já recebeu diversas premiações que atestam sua competência em gestão: entre elas está o ranking internacional: o Thedotgood (antigo NGO Advisor) por 2 anos seguidos (2022 e 2023). Em 2023, pelo sétimo ano consecutivo, figura entre as 100 Melhores ONGs do Brasil, pelo Instituto O Mundo que Queremos (IOMQQ) e o Instituto Doar. Desde 2019 possui o selo ONG Transparente com conceito A+ (a nota mais alta concedida pelo Selo) que audita e reconhece as organizações da sociedade civil que seguem parâmetros internacionais de gestão e transparência e em 2018 foi eleita a melhor Organização de Assistência Social do país, ambas concedidas pelo Instituto Doar. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
CAROLINA NOGUEIRA SILVA
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