11/11/2024 às 14h35min - Atualizada em 12/11/2024 às 00h03min

São Paulo registra aumento de 8,4% nas internações por câncer de próstata em 2024

Urologista do Hospital Japonês Santa Cruz alerta que o tabu sobre o exame de próstata ainda impede muitos homens de buscar o diagnóstico precoce

VIVIANE BUCCI
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A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo registrou 5.893 internações por câncer de próstata entre janeiro e agosto de 2024, um aumento de 8,4% em relação às 5.436 internações no mesmo período de 2023. O número de atendimentos ambulatoriais também cresceu, com 133.344 casos neste ano, representando uma alta de 10,5% em comparação com os 120.676 atendimentos realizados no ano passado.

Neste mês, a campanha Novembro Azul destaca a importância da conscientização e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. A doença é a neoplasia mais comum entre homens e, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada 38 minutos um homem perde a vida no Brasil em decorrência desse tipo de câncer. O foco das ações é sensibilizar a população masculina para o cuidado com a saúde e para a realização de exames preventivos, especialmente o PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal.

“A próstata é uma glândula pequena que envolve a uretra e tem um papel essencial na produção do líquido que compõe o sêmen. O câncer de próstata ocorre quando há um crescimento anormal e descontrolado de células na glândula. Embora o tumor, em muitos casos, cresça lentamente e não apresenta sintomas iniciais, ele pode se tornar agressivo e se espalhar para outros órgãos se não for detectado a tempo”, explica o urologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Dr. Eduardo Tanaka.

Os sintomas incluem dificuldades ao urinar, sangue na urina e necessidade frequente de ir ao banheiro. A idade avançada, especialmente após os 55 anos, é o principal fator de risco para o câncer de próstata, além do histórico familiar, etnia negra, sobrepeso e obesidade.

“Os principais métodos de diagnóstico são o exame de toque retal e o PSA. O toque retal permite avaliar o tamanho e a textura da próstata, enquanto o exame de PSA mede os níveis de uma proteína no sangue que pode indicar alterações na glândula. Em caso de suspeita, uma biópsia pode confirmar o diagnóstico”, explica o médico.

Quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata tem uma taxa de cura de até 90%, o que minimiza complicações e preserva a qualidade de vida do paciente. As opções de tratamento incluem cirurgia, radioterapia e hormonioterapia, variando conforme o estágio da doença. No entanto, esses procedimentos podem ter efeitos colaterais, como incontinência urinária e disfunção erétil. O apoio psicológico e o acompanhamento médico são fundamentais para ajudar os pacientes a enfrentarem os desafios do tratamento.

“O preconceito em relação ao exame de próstata ainda impede muitos homens de buscarem diagnóstico precoce, o que pode resultar em um quadro mais avançado e menos favorável para o tratamento. A campanha Novembro Azul desempenha um papel importante ao promover o autocuidado masculino e combater a desinformação sobre a doença”, afirma o Dr. Eduardo Tanaka.

Sobre o Hospital Japonês Santa Cruz
Inaugurado em 29 de abril de 1939, em São Paulo, com a missão de auxiliar os imigrantes japoneses e oferecer um atendimento médico-hospitalar de excelência no Brasil, o Hospital Japonês Santa Cruz (HJSC) se dedica a proporcionar uma vida melhor e mais saudável a toda população.

Com destaque nos serviços em oftalmologia, neurologia, ortopedia, cardiologia, entre outras especialidades, a instituição possui mais de 170 leitos distribuídos entre apartamentos, enfermarias e UTI, complementada com uma unidade específica para o transplante de medula óssea. Anualmente, a entidade realiza mais de 1 milhão de atendimentos, em mais de 40 especialidades médicas e tem em sua estrutura três pronto-atendimentos (geral, ortopédico e oftalmológico) e dois centros cirúrgicos (geral e oftalmológico), capacitados para atendimentos de alta complexidade. O Hospital Japonês Santa Cruz tem certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA II), que atesta a segurança e qualidade dos processos assistenciais e médicos.

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VIVIANE SOARES BUCCI
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