*Por Jen Medeiros
Inovar é preciso. Embora esse mantra tenha resistido ao tempo, muitas empresas não conseguem mobilizar os esforços necessários para inovar, ou seja, desenvolver novas soluções para seus clientes e público-alvo, geradoras de valor percebido e que contribuam para sua sustentabilidade e perenidade. Esse cenário tem reflexo direto na capacidade inovativa e competitiva nacional. Mesmo sendo uma das dez economias mais pujantes do planeta, estamos apenas na posição 50º no Índice Global de Inovação (2024), publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual.
Diante desse quadro, o que as empresas podem fazer para acelerar seus processos de inovação? Para responder a essa pergunta precisamos compreender que a inovação só acontece quando as pessoas atuam em comunidade. A inovação só floresce em comunidade. Assim, uma das formas que as empresas podem utilizar para maximizar seus resultados vinculados à inovação é a construção de comunidades corporativas. Nelas, colaboradores, parceiros, clientes e outros atores do ecossistema de negócios da empresa trabalham em conjunto para o alcance de um objetivo comum: inovar.
As comunidades corporativas aceleram o processo de inovação pois:
Para que as comunidades corporativas atinjam seu potencial máximo na aceleração da inovação, a gestão e a moderação efetivas delas são cruciais. Nesse sentido, as empresas precisam se atentar para os seguintes aspectos: estabelecer objetivos e expectativas claras para a comunidade, garantindo que estejam alinhados com a estratégia de inovação da empresa; e criar um ambiente onde os membros se sintam à vontade para compartilhar ideias, feedback e experiências, sem medo de julgamento.
Isso pode ser promovido por meio de incentivos, reconhecimento e celebração das contribuições dos membros; assegurar que a comunidade tenha acesso aos recursos necessários para realizar suas atividades, como plataformas online, ferramentas de comunicação, suporte técnico e, se necessário, orçamento para projetos; e garantir que as discussões permaneçam produtivas, respeitosas e focadas no propósito da comunidade. A moderação eficaz ajuda a evitar conflitos, desvios de temas relevantes e desinformação.
E, por fim, implementar métricas para acompanhar o progresso da comunidade em relação aos seus objetivos e avaliar o impacto da comunidade na inovação da empresa. Isso pode incluir métricas como número de ideias geradas e implementadas, engajamento dos membros e retorno sobre o investimento em atividades da comunidade.
Para finalizar, destaco que não há dúvidas que as comunidades corporativas podem destravar o potencial inovador das empresas. Para amplificar seu impacto positivo, elas não devem atuar de forma isolada e hermética, é preciso que os decisores garantam que as várias comunidades, que formam o ecossistema de negócios da organização, atuem em rede. Uma rede catalisadora da transformação que as empresas desejam e precisam.
*Jen Medeiros é CEO da comuh, empresa precursora em oferecer serviços outsourcing de CaaS (Community as a Service). Possui mais de 12 anos de experiência em Criação e Gestão estratégica de comunidades, é professora da Descola e da Escola Britânica de Artes Criativas e voluntária no Uberhub Code Club. Criou e geriu as comunidades de startups da Bossa Nova, Beta-i Brasil e Nuvini (IPO Nasdaq), educacionais da EBAC e LeWagon, entre outras. Foi nomeada em 2022 e finalista em 2024 do prêmio Community Industry Awards como melhor profissional de comunidades B2B, e é fellow no programa On Deck Community Builders. Palestra desde 2016 sobre empreendedorismo, inovação, mulheres na tecnologia e gestão de comunidades, em eventos como TedX, Startup Summit, CASE, entre outros.
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Gabriela Calencautcy
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