Em 2024, a gestão condominial enfrentou mudanças significativas, impulsionadas por tecnologias inovadoras, novas legislações e uma maior conscientização sobre práticas sustentáveis. Síndicos, administradores e moradores acompanharam de perto as transformações que buscam melhorar a eficiência da administração e garantir a qualidade de vida nas comunidades.
Uma das principais dificuldades no setor continua sendo a inadimplência em condomínios, que, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Condomínios (Abadi), afetou cerca de 30% dos condomínios brasileiros em 2024. Essa situação pressiona as contas dos empreendimentos, comprometendo o cumprimento de obrigações como manutenções e pagamento de fornecedores. “Criar estratégias de cobrança personalizadas e promover ações de conscientização junto aos condôminos são práticas fundamentais para reduzir a inadimplência e manter o equilíbrio financeiro do condomínio”, explica Gustavo Ferreira, CEO da Administradora de Condomínios em São Paulo, Fesan.
A tecnologia foi um dos grandes destaques de 2024, com o aumento da utilização de aplicativos de gestão, que facilitam desde o controle financeiro até a comunicação entre moradores e síndicos. Assembleias de condomínios virtuais, por exemplo, tornaram-se um recurso indispensável para ampliar a participação dos condôminos e agilizar decisões importantes. Essa digitalização trouxe transparência e eficiência para as administrações, promovendo uma gestão mais estratégica.
A sustentabilidade também ganhou espaço em 2024, com a adoção de sistemas de energia solar, captação de água da chuva e coleta seletiva. Essas práticas não só reduzem custos operacionais, mas também criam um ambiente mais responsável ambientalmente. A previsão é que em 2025 essas iniciativas continuem a crescer, com novos incentivos governamentais e maior adesão por parte dos condomínios.
A profissionalização da administração dos condomínios também foi um marco em 2024 e promete ser uma tendência ainda mais forte para 2025. Síndicos profissionais, capacitados em administração e legislação dos condomínios, estão cada vez mais em alta, trazendo uma visão técnica e estratégica para a administração dos empreendimentos. “O mercado tem exigido mais especialização e preparo para lidar com as complexidades da gestão condominial moderna, e isso é uma evolução positiva”, acrescenta Ferreira.
Para 2025, espera-se que a digitalização se aprofunde ainda mais. Soluções de inteligência artificial já começam a ser testadas em algumas administradoras para prever gastos, monitorar equipamentos e até gerenciar conflitos entre moradores. Além disso, ferramentas que integram indicadores financeiros em tempo real prometem tornar a administração ainda mais transparente e confiável.
A inadimplência continuará sendo um desafio para o próximo ano, mas estratégias como renegociação de dívidas e a criação de fundos emergenciais podem ajudar os condomínios a superarem períodos críticos. A expectativa é que, com a estabilização econômica prevista para 2025, esses índices apresentem redução.
Em resumo, as transformações de 2024 pavimentaram o caminho para um 2025 repleto de desafios, mas também de oportunidades. Sustentabilidade, tecnologia e profissionalização devem continuar a moldar o futuro da gestão condominial, sempre com o objetivo de garantir mais eficiência e qualidade de vida nos condomínios brasileiros.
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MARCOS MOREIRA CANGUSSU
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