No mês do Outubro Rosa, a campanha de conscientização sobre o câncer de mama também abre espaço para uma discussão crucial: a saúde mental das mulheres diagnosticadas com a doença. No Brasil, estima-se que 73.610 novos casos de câncer de mama sejam registrados até 2025, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Milhares de mulheres enfrentam diariamente o desafio do tratamento oncológico enquanto conciliam suas responsabilidades profissionais. Nesse contexto, o papel das empresas em fornecer apoio emocional e políticas de acolhimento pode fazer uma diferença significativa na recuperação dessas trabalhadoras.
Adriana Belintani, advogada especialista em saúde mental, destaca que a falta de suporte adequado no ambiente de trabalho pode agravar o quadro psicológico de colaboradoras diagnosticadas com câncer de mama, influenciando diretamente no seu bem-estar e desempenho profissional. “É essencial que as empresas estejam preparadas para oferecer não apenas flexibilidade, mas um ambiente seguro e acolhedor para essas mulheres. Políticas de apoio, como o acesso a terapias e licença estendida, ajudam na preservação da saúde mental e permitem que a colaboradora sinta-se amparada em um dos momentos mais difíceis de sua vida”, afirma.
Além do impacto direto no tratamento, o suporte emocional também contribui para a produtividade e a retenção de talentos. Estudos indicam que colaboradoras que recebem apoio psicológico adequado tendem a ter um retorno mais positivo ao trabalho, com maior engajamento e disposição para contribuir com a empresa, mesmo durante o tratamento.
“A flexibilização da carga horária, a adaptação das funções e o suporte psicológico contínuo são pilares que as empresas podem adotar para promover o bem-estar dessas mulheres. É preciso entender que o câncer afeta muito além do corpo. Uma mente acolhida e fortalecida é peça-chave para a recuperação e para o futuro dessas profissionais”, reforça Adriana.
O Outubro Rosa é uma oportunidade não apenas para reforçar a importância do diagnóstico precoce, mas também para incentivar um diálogo aberto nas empresas sobre saúde mental e acolhimento emocional. Mais do que um benefício, essas políticas são um investimento no bem-estar e na valorização das trabalhadoras.
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MILENA VITÓRIA PEREIRA DOS SANTOS
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