Depois de anos reclamando que trabalhar com os formandos da Geração Z é um desafio por diversos motivos, os gestores estão demitindo rapidamente estes jovens, mesmo aqueles contratados recentemente.
Uma pesquisa divulgada em agosto deste ano pela Intelligent.com, após ouvir 966 empresários sobre contratações desses recém-formados, mostrou que as empresas estão tomando decisões um pouco mais drásticas:
Para Karina Pelanda, Gestora de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, essa realidade escancara dois lados: o das empresas, que ainda não se adaptaram totalmente à nova geração, e o dos jovens que, por sua vez, ainda estão se descobrindo no mercado de trabalho:
“Os jovens desta geração preferem trabalhos com horários mais flexíveis que os modelos tradicionais, incluindo trabalho remoto. Benefícios financeiros e de bem-estar, como vale academia ou para seus pets, estão no radar desta geração formada por profissionais com até 24 anos".
Mudança do mercado assustou a Geração Z?
Karina lembra que houve uma ruptura no formato tradicional, cuja lealdade entre colaboradores e empresas imperava. Atualmente, os jovens procuram oportunidades para desenvolvimento e crescimento na carreira, o que coincidiu com momentos difíceis para as empresas:
“Foi justamente na pandemia que muitos desses jovens começaram a se candidatar, um momento em que o universo corporativo vivenciou o chamado downsizing, quando muitas empresas começaram a cortar gastos. Dentre algumas ações que assustaram a nova geração, aconteceram desligamentos de colaboradores antigos, que motivou questionamentos da Geração Z sobre fidelidade, ou seja, trabalhar anos em uma mesma empresa sem ter, necessariamente, a mesma fidelidade de volta".
Para a especialista, nem tudo está perdido. Ainda há muito caminho para se trabalhar passando pela conciliação dos desejos da nova geração e das empresas, mas tudo depende de muita negociação e ajustes entre as expectativas de ambos os lados.
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AROLDO ANTONIO GLOMB JUNIOR
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