14/10/2024 às 10h28min - Atualizada em 15/10/2024 às 00h02min

Cresce o número de crianças e adolescentes com indicação para consulta oftalmológica em BH

Dos 191 testes de acuidade visual realizados pelo programa ‘Ver é Bom Demais’, 158 apresentaram algum indicativo de miopia e necessidade de avaliação médica

CDL/BH - ASSESSORIA DE IMPRENSA
https://www.cdlbh.com.br/imprensa/cresce-o-numero-de-criancas-e-adolescentes-com-indicacao-para-consulta-oftalmologica-em-bh/
Alessandro Carvalho
 

 A edição anual do programa ‘Ver é Bom Demais', realizada entre os dias 3 e 4 de outubro, chamou a atenção para a saúde ocular das crianças e adolescentes da capital mineira. Dos 191 testes de acuidade visual realizados, 158 apresentaram algum indicativo de miopia e a necessidade de avaliação médica. 

 

“Em comparação ao último ano, houve um aumento de 25,42% dos casos de encaminhamento para consulta especializada. Ao todo, das 191 crianças e adolescentes atendidos, estimamos que, pelo 133 vão precisar do uso de óculos de lentes corretivas”, destaca o presidente da Fundação CDL-BH, Vilson Mayrink. 

 

A entidade, braço social da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), promove a ação desde 2002 e tem como parceiros a Lumi Oftalmologia e a rede de óticas Centro Visão. Desde a primeira edição, o programa Ver é Bom Demais, já realizou 5.645 testes de acuidade visual,  2.636 consultas oftalmológicas e entregou 1.600 óculos de lente corretiva. 

Uma em cada três crianças tem miopia

Um estudo divulgado pela revista científica British Journal of Ophthalmology, no fim de setembro, revelou que uma em cada três crianças do mundo possui miopia, que é a dificuldade de enxergar objetos à distância. O documento destaca que, até 2050, a condição vai ultrapassar 740 milhões de novos casos na faixa etária entre 5 a 19 anos. Em Belo Horizonte, diante do resultado da edição do ‘Ver é Bom Demais', estima-se que o aumento de crianças e adolescentes com problemas oftalmológicos esteja relacionado à alta exposição às telas, bem como ao atendimento especializado restrito. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“O uso excessivo de telas, a falta de atividades ao ar livre e o pouco acesso às consultas oftalmológicas têm feito com que problemas de saúde ocular cresçam de forma considerável entre crianças e adolescentes. O ideal é que pais e responsáveis incentivem os jovens a praticarem atividades que reduzam o contato com celulares, tablets e computadores. O ideal é a exposição à luz natural do sol, com o objetivo de reduzir as chances de progressão de miopia”, explica a médica oftalmologista Débora Faleiros Leite, da Lumi Oftalmologia.

 

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica e a Sociedade Brasileira de Pediatria orientam que a exposição às telas seja evitada até os dois anos de idade. A partir dos cinco anos, o tempo máximo de uso diário é de uma hora. Para crianças entre seis e 10 anos, duas horas. Já para adolescentes, o período máximo permitido para preservar a saúde ocular é de até três horas. 

“Os problemas de visão podem provocar evasão escolar e, por consequência, imobilidade social dessas crianças e adolescentes. Proporcionar a eles a chance de acesso à saúde é fundamental para que eles saiam do cenário de invisibilidade e vulnerabilidade”, afirma Vilson Mayrink. 

Incentivo ao uso dos óculos

 

De acordo com o proprietário da rede de óticas Centro Visão, Fernando Cardoso, crianças até cinco anos de idade tendem a ter mais dificuldade de adaptação ao uso de óculos corretivos. “As crianças não se sentem confortáveis com o uso das lentes. Elas precisam de estímulos para se sentirem mais à vontade. Em casa onde mais de uma pessoa usa óculos, por exemplo, é importante que usem corretamente para que seja exemplo. Outra boa estratégia é mostrar personagens infantis ou famosos que utilizam óculos para gerar identificação. E, claro, sempre dizer que os óculos ajudarão na saúde ocular”, aconselha. 


 

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MARIA CRISTINA GOMES REIS
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