11/06/2024 às 09h05min - Atualizada em 08/10/2024 às 12h11min

Descubra como identificar conteúdo feito por IA

É ou não humano? Algumas ferramentas já conseguem detectar textos suspeitos.

KARINE MASCARENHAS
AI - Chat - Detector

Muito se fala em Inteligência Artificial e como ela ajuda a otimizar processos e trabalhos que antes exigiam uma maior quantidade de tempo para serem executados, mas devido ao avanço da IA, surge também uma preocupação sobre os riscos do mau uso da tecnologia e se é possível detectar conteúdos produzidos com IA. Recentemente o Instagram lançou a opção "Rotular como IA" que permite informar quando o conteúdo é feito com inteligência artificial como forma de evitar a disseminação de imagens falsas, mais uma prova de que é preciso estar atento quanto ao uso dessas tecnologias.

A identificação de IAs além de combater a disseminação de notícias falsas, permite também detectar conteúdos plagiados, ataques cibernéticos e a manipulação de usuários online e o principal, a contribuição para o desenvolvimento responsável da própria inteligência artificial para redução dos impactos negativos e a promoção de um ambiente digital mais seguro.

Evolução das IAs

Um levantamento realizado pela Microsoft apresentou como as Micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) estão vivenciando as transformações digitais e o papel da IA em seus negócios, e, de acordo com a pesquisa, 74% das empresas entrevistadas afirmaram usar IA com frequência, e 90% delas estão buscando adotar essa tecnologia atualmente.

Um dos principais desafios nesse campo reside na constante evolução das IAs, neste cenário, as tecnologias de detecção também ganham um novo destaque ao detectar conteúdos produzidos por outras IAs. Mesmo em evolução, essa tecnologia pode revolucionar a forma como consumimos e interagimos com a informação online, já que está cada vez mais presente na criação de textos, imagens e vídeos realistas que confundem as pessoas. 

Ferramentas que identificam conteúdo com IA

Para lidar com conteúdos de origem duvidosa, existem algumas ferramentas que ajudam a distinguir o verdadeiro do artificial. O Líder do Time de Marketing da Huggy, Caio Augusto, listou algumas ferramentas que identificam conteúdos gerados por IAs.

Content at Scale: Essa ferramenta se concentra na detecção de conteúdos escritos por IA em larga escala. Através de uma análise aprofundada do estilo e da estrutura do texto, o Content at Scale identifica padrões que indicam a geração por IA, como repetições, falta de originalidade e erros gramaticais incomuns. Essa tecnologia é ideal para plataformas online que lidam com grandes volumes de conteúdo, como redes sociais e sites de notícias.

GPTZero: ferramenta gratuita e de fácil utilização oferece uma interface simples para verificar se um texto foi escrito por IA. Basta colar o texto suspeito e o GPTZero gera um relatório indicando a probabilidade de geração por IA. A ferramenta utiliza diversos métodos, como análise de estilo, vocabulário e estrutura gramatical, para chegar a essa conclusão. O GPTZero é ideal para usuários que desejam verificar rapidamente a autenticidade de textos curtos.

Copyleaks: se destaca na detecção de plágio, mesmo em casos de plágio inteligente onde o conteúdo foi reescrito ou parafraseado. Através de uma base de dados de textos e algoritmos, o Copyleaks identifica similaridades entre textos e gera relatórios detalhados com as partes plagiadas. Essa tecnologia é voltada para instituições acadêmicas, empresas e qualquer pessoa que precise garantir a originalidade de seus trabalhos.

Para Caio Augusto, utilizar a tecnologia para construir um futuro onde a inteligência artificial seja uma ferramenta poderosa para o bem, promovendo o desenvolvimento social, econômico e tecnológico de forma ética, responsável e transparente, é indispensável.

“Como líder em uma empresa de tecnologia, preciso garantir que nossos produtos e serviços sejam utilizados de forma consciente, buscando estar atento aos potenciais riscos da tecnologia e para isso, é importante que adotemos práticas de desenvolvimento responsáveis, que incluam testes rigorosos, medidas de segurança robustas e mecanismos de controle que garantam o uso ético da tecnologia”, completa Caio.


 

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Karine Mascarenhas de Almeida
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