As vacinas possuem um importante papel para a erradicação e controle de diversas doenças infecciosas. Contudo, apesar de ser uma das ferramentas mais eficazes na promoção da saúde pública, a baixa adesão às campanhas representa um risco significativo para a sociedade. Segundo dados do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DataSus), desde 2016, o Brasil sofreu uma queda nos índices de vacinação e, em 2020, a cobertura total da população não chegou nem a 70%.
Os riscos agregados com a baixa incidência da vacinação estão correlacionados, com a diminuição da “imunidade de rebanho”, ou seja, quanto menos pessoas estão protegidas, as chances de circulação dos vírus são maiores fazendo com que aqueles que não podem ser vacinados, como pessoas com sistemas imunológicos comprometidos ou alergias aos componentes do imunizante, sejam expostos à contaminação.
“A imunidade das vacinas é muito importante tanto para o indivíduo quanto para a comunidade, porque uma vez que a população passe a se proteger, ele evita a circulação daquele vírus infeccioso, diminuindo a disseminação de doenças, reduzindo potenciais epidemias e pandemias”, afirma a Médica Larissa Cau Carlet, Imunologista e membro da Doctoralia.
A especialista pontua ainda sobre as doenças que estavam erradicadas e que podem voltar a circular com a baixa da vacinação: “Quando algumas populações param de se vacinar, como aconteceu com o sarampo, surtos podem acontecer e levar a uma nova propagação da doença, uma epidemia”, explica Larissa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) no mundo, apenas 83% das crianças receberam a primeira dose da vacina, porém, para prevenir surtos, evitar doenças e mortes desnecessárias e atingir as metas, a taxa de cobertura deve ficar em 95%.
A especialista também explica que o aumento da circulação de vírus pode impactar no cotidiano da sociedade e também nos setores socioeconômicos: “A vacinação reduz as doenças individuais, as comorbidades, as gravidades relacionadas a ela e a hospitalização. Com o aumento dessas infecções, as pessoas perdem produtividade, ficam incapacitadas, podem ter sequelas das doenças e isso pode gerar problemas graves nas populações. Isso são resultados de surtos e epidemias, um exemplo disso foi a pandemia do Covid-19”, reforça a especialista.
Por fim, é importante reforçar que no Brasil o calendário vacinal é bem definido e que a medicina tem se atualizado sobre a eficácia e novos métodos de imunização: “Temos vacinas muito eficazes, que reduzem os riscos de infecções graves, de doenças potencialmente fatais e além disso, a medicina tem feito pesquisas e tecnologias sobre métodos de vacinação diferentes, inclusive intranasais”, conclui Dra Larissa Cau Carlet.
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THAIZA LOPES ROMARIO RIBEIRO
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