canvaNos últimos meses, a gestão de condomínios no Brasil passou por mudanças substanciais tanto em termos legislativos quanto tecnológicos, impactando diretamente administradores e condôminos. Essas transformações visam adaptar as práticas de gestão à evolução das demandas sociais e das novas tecnologias disponíveis no mercado.
A introdução da Lei nº 14.905/2024 estabeleceu novos padrões para a cobrança de dívidas condominiais, com o objetivo de proporcionar maior transparência e segurança jurídica. As novas regras agora regulam os juros moratórios baseados na taxa Selic e padronizam o índice de correção monetária das dívidas pelo IPCA, refletindo de maneira mais justa e alinhada às condições econômicas do país.
Em paralelo às mudanças legais, a gestão condominial também está sendo revolucionada pelo uso de tecnologias avançadas. Condomínios por todo o Brasil estão implementando sistemas de segurança com reconhecimento facial, controle de acesso automatizado e aplicativos de gestão que facilitam desde a comunicação até a administração financeira.
Gustavo Ferreira, CEO da Administradora de Condomínios Fesan, destacou em entrevista a importância da adaptabilidade nas práticas administrativas: "Para se manter relevante e eficiente, é crucial que as administradoras estejam sempre atualizadas com as últimas tecnologias e tendências de mercado. Investir em automação e sustentabilidade não apenas melhora a segurança e a convivência nos condomínios, mas também reduz custos operacionais significativamente".
A legislação recente também facilitou a realização de assembleias de condomínios de forma virtual, permitindo uma participação mais ampla dos condôminos. A nova lei permite a conversão da assembleia em sessão permanente, melhorando a acessibilidade e a participação nos processos decisórios.
Outro avanço significativo foi a regulamentação das taxas condominiais, que agora seguem um padrão mais claro e são calculadas com base em critérios objetivos, reduzindo as chances de conflitos e litígios.
Com essas mudanças, a expectativa é que os condomínios não só melhorem a qualidade de vida dos moradores, mas também se tornem ambientes mais seguros, sustentáveis e bem administrados, preparados para atender às necessidades contemporâneas e futuras de seus residentes.
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MARCOS MOREIRA CANGUSSU
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