16/09/2024 às 09h24min - Atualizada em 16/09/2024 às 16h10min

Sanepar gasta 2,35 milhões por ano para reparar rede de esgoto com óleo vegetal

O que restaurantes e demais geradores de óleos precisam fazer?

KAKOI COMUNICAÇÃO
Divulgação

O prejuízo causado pelo descarte irregular de óleo vegetal em Curitiba no ano passado foi de R$ 2,35 milhões, valor gasto para desobstruir tubulações nos esgotos da capital paranaense de acordo com dados da Sanepar. Com 51,26% dos estragos causados pelo óleo de cozinha jogado em ralos e pias, a média mensal de obras de intervenção foi de 682.

Para Vitor Dalcin, diretor da Ambiental Santos, este gasto poderia ter sido evitado se não houvesse tanto desperdício de óleo usado na rede de esgoto por residências, condomínios e restaurantes que ainda não adotaram a reciclagem do óleo:

“Não é apenas o que ainda é jogado nas pias, mas também a caixa de gordura sem manutenção nos imóveis ou mesmo a falta dela. A principal função dessas caixas de gordura é reter e impedir que o óleo siga pela tubulação para obstruir o sistema de esgoto.”

O especialista lembra que a caixa de gordura é um item obrigatório nos imóveis de Curitiba por lei e também precisa de manutenção para não falhar quando mais precisa. Todos os resíduos que ficam retidos no sistema precisam ser removidos periodicamente, caso contrário, o óleo pode ultrapassar essa barreira de resíduos e chegar à rede de esgoto ou até mesmo voltar para o imóvel.

Fiscalização ajuda a reduzir casos que ainda acontecem
Vistorias acontecem, mas a conscientização precisa partir dos donos dos imóveis. A própria Sanepar faz o trabalho de vistoria técnica nessas ligações, principalmente em restaurantes, e a falta da caixa de gordura é uma das principais irregularidades encontradas. Quando a irregularidade é descoberta, é emitida uma notificação para o síndico, morador ou dono do estabelecimento para regularizar a situação, sob risco de multa:

“Essas diligências trouxeram resultados positivos, a própria Sanepar sentiu a melhora. Em 2013, a média mensal de obras para desobstruir tubulações era de 1.730 casos. Ou seja, em dez anos, a redução foi maior que 60%. Mesmo assim, a conscientização deve partir dos próprios donos de imóveis e restaurantes”.

Para Dalcin, em uma cidade como Curitiba, onde 98% dos imóveis estão conectados à rede coletora, é fácil adotar essas medidas:

“Limpar a caixa de gordura e separar o óleo de fritura para destinação correta podem reduzir ainda mais os casos de tubulações estragadas Depende muito mais da conscientização de quem usa óleo vegetal” completa.  
 

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AROLDO ANTONIO GLOMB JUNIOR
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