04/09/2024 às 16h57min - Atualizada em 05/09/2024 às 00h03min

Passos para um futuro sustentável

Por Gabriela Queluz, engenheira florestal e especialista do Mova-se Fórum de Mobilidade 

KASANE COMUNICAÇÃO
Divulgação/Arquivo pessoal

O rápido crescimento urbano e populacional da Região Metropolitana de Goiânia vem enfrentando desafios significativos relacionados à mobilidade urbana e à sustentabilidade. A predominância de ônibus a diesel tem grande contribuição na poluição do ar, com o aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE), o que impacta negativamente a saúde pública e o meio ambiente. Nesse contexto, a descarbonização do transporte coletivo, surge como uma alternativa com inúmeros benefícios, já que o setor de transportes é um dos principais responsáveis pela poluição.  

No Brasil, foram emitidas 2,4 bilhões de toneladas brutas de gases de efeito estufa em 2021, segundo o relatório do Observatório do Clima de 2023, o que levou o país ao sétimo maior emissor de GEE no mundo.  Em 2019, o setor de transporte foi responsável pela emissão de 22 milhões de toneladas das emissões totais no Brasil, de acordo com o Instituto de Energia e Meio Ambiente de 2021. Nesse sentido, a Lei nº 22.666 de 2024 de autoria do Estado de Goiás é um marco, uma vez que estabelece diretrizes claras para a adoção de combustíveis limpos e renováveis, que se alinham com as metas de desenvolvimento sustentável do Estado. 

A partir dessa mudança na legislação, a descarbonização da frota de ônibus é um passo fundamental, visando não apenas a sustentabilidade ambiental, mas também a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos goianienses. Com a redução de emissões de gases poluentes, a qualidade do ar melhora, o que contribui para a minimização de problemas agudos e crônicos de saúde pública, além de maior conforto sonoro com ônibus silenciosos.  

Outra medida importante é o pagamento do subsídio que tornou possível a reestruturação do transporte coletivo da Grande Goiânia com a aquisição de ônibus elétricos e ônibus diesel Euro 6, que são tecnologias responsáveis pela baixa da emissão de GEEs. Além disso, os usuários do transporte coletivo do Eixo Anhanguera e BRT Norte/Sul – que são os principais corredores BRTs de transporte coletivo da Grande Goiânia – estão prestes a presenciar uma transformação significativa em sua frota de ônibus. Isso porque haverá a substituição de 145 ônibus a diesel por veículos elétricos, sendo 83 articulados no corredor do Eixo Anhanguera e 62 não articulados no BRT N/S, e mais de 1000 ônibus movidos a diesel Euro 6 no BRT Norte/Sul. Iniciativas como essa visam não apenas a modernização do transporte público, mas também a melhoria da saúde pública e da mobilidade urbana. 

Em suma, a descarbonização da frota de ônibus da Grande Goiânia representa um avanço significativo, posicionando a cidade como um exemplo de sustentabilidade e inovação no transporte público. Com o apoio do governo estadual e a conscientização da população sobre a importância dessa mudança, o Estado de Goiás dá um passo decisivo para um futuro mais verde e saudável, no qual a mobilidade urbana se alinha com a preservação do meio ambiente e da qualidade de vida. 

Gabriela Queluz é engenheira florestal e especialista do Mova-se Fórum de Mobilidade 


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CAROLINA OLIVEIRA DE ASSIS
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