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01/07/2024 às 14h44min - Atualizada em 02/07/2024 às 00h02min

Brasil registrou 30 milhões de atendimentos via telemedicina. Tendência é de aumento para 2024

Até mesmo o Sistema Único de Saúde vem investindo em tecnologias para promover o atendimento à distância

Alberto Santos
Freepik.

A telemedicina se consolidou como uma alternativa de atendimento durante a pandemia. Os números falam por si só no que diz respeito à evolução dessa forma de atender pacientes: foram mais de 30 milhões de atendimentos registrados em 2023. A informação é da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde). 

Esses dados indicam que a modalidade veio para ficar e a tendência é de alta para 2024. Os pacientes valorizam cada vez mais a comodidade no acesso à informação, a agilidade no atendimento e a possibilidade de se consultar com especialistas de qualquer lugar do país sem precisar sair de casa.

O Sistema Único de Saúde (SUS) já atua na modalidade digital. Graças a adoção do formato, pacientes em localidades remotas podem ter acesso a especialistas das grandes cidades. Entretanto, o próprio governo tem buscado clínicas privadas para viabilizar esse tipo de atendimento.

Quais são os principais benefícios da telemedicina?

O atendimento à distância é apenas uma das características da telemedicina. A lista de benefícios é extensa e cada vez mais os pacientes têm valorizado cada um desses aspectos. 

  1. Acesso remoto: permite que pacientes consultem profissionais de saúde sem a necessidade de deslocamento físico, o que é especialmente útil para pessoas que vivem em áreas remotas, com limitações de mobilidade ou que enfrentam dificuldades de acesso aos cuidados médicos.

  2. Redução de custos: pode reduzir os custos associados às consultas médicas, como despesas de viagem e tempo perdido no trabalho. Além disso, em alguns casos, consultas virtuais podem ser mais acessíveis do que consultas presenciais.

  3. Monitoramento remoto: permite o monitoramento contínuo de pacientes em suas casas, utilizando dispositivos médicos conectados à internet. Isso pode ajudar a detectar precocemente complicações e ajustar o tratamento de forma proativa.

  4. Redução do contágio: em situações de pandemia ou surtos de doenças contagiosas, a telemedicina pode ajudar a reduzir a propagação do vírus ao permitir que os pacientes recebam cuidados médicos sem a necessidade de visitar hospitais ou consultórios médicos lotados.

  5. Maior conforto para o paciente: alguns pacientes podem sentir-se mais confortáveis e relaxados em suas próprias casas durante as consultas, o que pode melhorar a qualidade da interação médico-paciente.

Principais desafios enfrentados na expansão da telemedicina no Brasil

Ainda que a procura pela telemedicina esteja em ascensão, há muitos desafios que precisam ser superados pelos médicos e estabelecimentos de saúde. Nem todas as clínicas estão preparadas do ponto de vista tecnológico para oferecerem esse tipo de atendimento aos seus pacientes.

Esse cenário revela uma grande oportunidade tanto em termos de investimento em infraestrutura e digitalização, como a adoção de softwares de gerenciamento, quanto em qualificação profissional para tirar proveito das novas tecnologias que a medicina oferece. Alguns desafios que podemos elencar incluem:

  • Regulamentação: a regulação da telemedicina no Brasil ainda está em desenvolvimento, o que pode gerar incertezas legais e dificultar a implementação de serviços de telemedicina de forma abrangente e consistente.

  • Privacidade e segurança dos dados: a transmissão e o armazenamento de dados de saúde por meio de plataformas digitais levantam preocupações significativas sobre privacidade e segurança. Garantir a proteção dos dados do paciente e o cumprimento das regulamentações de privacidade é essencial para a construção da confiança no uso da telemedicina.

  • Capacitação: profissionais de saúde e pacientes podem precisar de treinamento e capacitação adequados para utilizar efetivamente as ferramentas de telemedicina. Isso inclui tanto o conhecimento técnico para operar as plataformas digitais quanto a compreensão das melhores práticas para a prestação de cuidados de saúde à distância.

SUS Digital: o que é e como funciona

O SUS Digital é uma iniciativa do Sistema Único de Saúde (SUS) para informatizar e modernizar os serviços de saúde pública no país. Ele visa não apenas melhorar o acesso dos cidadãos aos serviços de saúde, mas também otimizar a gestão dos recursos e garantir uma assistência mais eficiente e integrada.

O funcionamento do SUS Digital envolve a implementação de sistemas de informação em saúde, como prontuários eletrônicos, sistemas de agendamento de consultas e exames, registro eletrônico de saúde do paciente, consultas online, entre outros.

Esses sistemas permitem que informações relevantes sobre a saúde de cada indivíduo sejam acessadas de forma rápida e segura pelos profissionais de saúde autorizados em qualquer unidade do SUS. Além disso, o SUS Digital facilita o acompanhamento do histórico médico do paciente ao longo do tempo, garantindo continuidade nos cuidados de saúde.

Assim, clínicas que já tiverem sistemas em uso e que puderem ser integrados às tecnologias utilizadas pelo SUS levam vantagem. Elas podem ser escolhidas como parceiras, recebendo encaminhamento de pacientes para realização de consultas e exames. Neste contexto, é vantajoso para um profissional ou empreendedor na área da medicina investir em uma clínica médica privada. 

No entanto, alguns desafios característicos do setor podem comprometer a saúde financeira da empresa. Por exemplo, uma pesquisa realizada pelo Conclínica mostra que 48% das clínicas enfrentam dificuldade em agendar o retorno do paciente e uma nova confirmação de consulta.

Foco no atendimento ao cliente

É evidente que a telemedicina veio para ficar no panorama da saúde no Brasil. Os números robustos de atendimentos e a crescente demanda dos pacientes destacam a valorização da comodidade, agilidade e acesso a especialistas que essa forma de cuidado oferece.

Contudo, para que a telemedicina alcance todo o seu potencial, é fundamental enfrentar os desafios presentes, desde a regulação e segurança dos dados até a capacitação dos profissionais de saúde e a infraestrutura tecnológica. 

Ao investir em tecnologia e promover a inovação, tanto o governo quanto as clínicas privadas podem não apenas melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços de saúde, mas também garantir um acesso mais equitativo e inclusivo aos cuidados médicos, contribuindo assim para o bem-estar e a saúde da população brasileira.


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ALICE BATISTA DE ALMEIDA
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