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01/07/2024 às 12h07min - Atualizada em 02/07/2024 às 00h02min

Influenza: quadro respiratório causado pelo vírus pode levar à hospitalização e ser fatal em grupos de alto risco

Especialistas do Hospital Santa Catarina – Paulista destacam a importância da vacinação e atenção ao cuidado principalmente entre crianças, idosos, gestantes e pessoas com outras comorbidades

DAYANE MARTINS DE SOUZA
Domínio Publico
Com a queda de temperaturas e da imunidade, sintomas como nariz congestionado, febre, tosses e espirros tornam-se mais comuns em adultos e crianças. Neste cenário, um dos principais vírus responsáveis pela doença respiratória é a influenza. Conhecida popularmente como gripe, pode se apresentar na forma de quatro tipos principais de vírus: A, B, C e D. Os tipos A e B são responsáveis pelas epidemias sazonais que ocorrem quase todos os anos, enquanto os tipos C e D geralmente causam doenças mais brandas.
 
Segundo o Dr. Max Igor Banks, infectologista do Hospital Santa Catarina - Paulista, todo ano, o vírus da influenza passa por mutações: “Essas transformações fazem com que uma pessoa que teve a doença uma vez volte a apresentar os sintomas e os efeitos causados pela ação dele dentro do organismo. A circulação dele tem uma característica sazonal, ganhando mais intensidade nas infecções no período de outono e inverno”, explica.
 
O quadro respiratório causado pelo Influenza pode variar de leve a grave e, em alguns casos, pode levar à hospitalização e até mesmo à morte, especialmente em grupos de alto risco: “Idosos, crianças pequenas e gestantes precisam ficar atentas aos sintomas comuns da doença que incluem febre, tosse, dor de garganta, dores musculares, fadiga e dores de cabeça e desconforto respiratório”, explica Dr. Max Igor Banks, que complementa: “A atenção à evolução dos sintomas é primordial, especialmente após os primeiros cinco dias. E para os pacientes de risco, a indicação é buscar auxílio médico em casos de febre, prostração e falta de apetite, que podem levar a uma rápida e perigosa desidratação”.
 
O infectologista também explica que o diagnóstico da influenza é feito por meio de testes rápidos, similares ao teste da Covid, realizados na secreção nasal e disponíveis em farmácias, laboratórios e hospitais. “Existem também testes que pesquisam o material genético do vírus influenza, também na secreção nasal. Já estes testes têm possibilidade de detecção de menores quantidades de vírus e costumam estar disponíveis em laboratórios e hospitais”.
 
Influenza em crianças
As crianças, especialmente aquelas com sistemas imunológicos ainda em desenvolvimento, estão entre os grupos mais vulneráveis à gripe. Quem faz esse alerta é a Dra. Patrícia Andréa Rolli, médica intensivista da UTI Pediátrica do Hospital Santa Catarina – Paulista.  “A doença pode ser particularmente grave em crianças pequenas, levando a complicações importantes, como pneumonia e exacerbação de condições médicas pré-existentes. Por vezes, a infecção pelo vírus influenza pode facilitar a infecção secundária por alguma bactéria, o que agrava o estado do paciente aumentando o risco de internação e complicações fatais”, relata a pediatra.
 
A doença é transmitida pelo contato com as secreções, os espirros e a tosse de um paciente infectado. “A prevenção é fundamental no combate à Influenza. Medidas simples como lavar as mãos regularmente, evitar o contato próximo com pessoas doentes, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e limpar superfícies frequentemente tocadas, podem ajudar a reduzir a propagação do vírus. Pessoas com sintomas gripais como tosse, espirros, febre, dor de garganta e coriza, devem evitar o contato próximo com pessoas mais vulneráveis”, explica Dra. Patrícia.
 
Importância da Vacinação
A vacinação contra a gripe é uma das formas mais eficazes de prevenir a doença e suas complicações. Além de proteger o indivíduo vacinado, a vacinação em larga escala ajuda a reduzir a disseminação do vírus na comunidade, protegendo assim os grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com condições médicas crônicas.
Segundo o infectologista Dr. Max Igor Banks, existem vários tipos de vacinas contra influenza disponíveis, incluindo vacinas trivalentes e quadrivalentes. “As vacinas trivalentes protegem contra dois tipos de vírus influenza A e um tipo de vírus influenza B, enquanto as vacinas quadrivalentes protegem contra dois tipos de vírus influenza A e dois tipos de vírus influenza B. A indicação da vacina é para todos, mas é especialmente indicada para grupos específicos, como crianças pequenas e idosos, onde o risco de complicação pelo vírus influenza é maior”, alerta o médico.
 
As vacinas contra influenza são atualizadas anualmente para garantir que ofereçam proteção contra as cepas mais prevalentes do vírus circulante na temporada de gripe em curso. “Existe uma nova vacina para gripe a cada 6 meses aproximadamente, sendo uma delas destinada ao hemisfério norte nos meses de outubro e novembro e a outra destinada ao hemisfério sul, disponibilizada nos meses de abril a maio – sempre antes do inverno que é a época associada a maior circulação do vírus, por isso quem ainda não se vacinou, a hora de se cuidar é agora”, finaliza o infectologista.
 
 

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Dayane Martins de Souza
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