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28/06/2024 às 20h08min - Atualizada em 02/07/2024 às 00h02min

Mesmo na terra dos naturistas, ficar nu está aos poucos sendo ameaçado de extinção

A associação naturista alemã dá o alarme sobre o futuro da nudez no país. O número de naturistas está a diminuir tão rapidamente que a associação teve mesmo de cancelar o seu 75º aniversário por falta de inscrições.

FRANCISCO MARCIO FERREIRA POMPRU
De Standard
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Poucos países são mais liberais do que a Alemanha no que diz respeito à nudez pública. Nas praias alemãs muitas vezes há áreas reservadas para naturistas e há muita tolerância quando nudistas e pessoas vestidas se misturam. Os nossos vizinhos orientais têm uma Freikörperkultur (FKK) ou “cultura do corpo livre” que remonta ao final do século XIX e foi originalmente uma reacção contra o crescente materialismo e a industrialização.
Mas a liberdade de andar nu está sob pressão, porque os nudistas na Alemanha estão gradualmente ameaçados de extinção. No seu 50º aniversário, a Associação Alemã para a Cultura Corporal Livre (DFK) ainda contava com 65.000 membros. Agora, apenas um pouco mais da metade, 34 mil.
Como isso poderia acontecer? “As causas são complexas. Existem conflitos geracionais entre os muitos idosos e os poucos jovens nos clubes”, diz o presidente do DFK, Alfred Sigloch (67). Diz-se que muitos clubes de nudismo são avessos à inovação, razão pela qual a idade média nos clubes é muitas vezes superior a 60 anos.
A digitalização também desempenha um papel. “O culto ao corpo no Tiktok e no Instagram aumenta o limite para se despir na presença de outras pessoas”, disse Sigloch ao jornal alemão Bild. Graças ao smartphone, todos também têm uma câmera à mão quase o tempo todo, o que aumenta o medo de ser fotografado secretamente.

Maior perda de membros do que a Igreja Católica

“O nudismo não é mais popular, devido ao medo do sol, dos drones e dos smartphones. Os clubes são duramente atingidos. Estão perdendo mais membros do que a Igreja Católica”, diz o naturista René Hartwig (63), de Colônia, ao jornal alemão.
Sigloch lamenta que alguns clubes de nudismo estejam a ser forçados a encerrar, mas promete resolver os problemas e reanimar o movimento. “Vamos lutar para manter a bordo todos que queiram se juntar a nós”, afirma. “O nudismo é uma cultura milenar que não pode e não deve morrer.”

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Francisco Marcio Ferreira Pompeu
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