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08/04/2024 às 14h23min - Atualizada em 09/04/2024 às 08h01min

Até 80% dos casos de cegueira são evitáveis ou tratáveis

Abril Marrom lembra a importância da atenção à saúde ocular

Aline Lourenço
Divulgação
Estima-se que mais de 6,5 milhões de brasileiros têm deficiência visual e deste total, cerca de 600 mil pessoas são cegas, segundo levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A boa notícia é que 60 a 80% dos casos de cegueira são evitáveis ou tratáveis, conforme aponta a Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
Catarata, defeitos refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia), retinopatia diabética e glaucoma representam as principais causas de cegueira e baixa visão em todo o mundo. “É fundamental manter as consultas regulares com o oftalmologista, ao menos uma vez ao ano, lembrando que esse hábito deve começar na infância, a partir do sexto ao décimo segundo mês de vida. Com isso é possível fazer um diagnóstico precoce e indicar o tratamento mais adequado para impedir ou conter o avanço da perda total da visão”, alerta o oftalmologista do Instituto de Olhos Minas Gerais (IOMG), Leonardo Coelho Gontijo. 
 
Aproveitando o mês de conscientização e prevenção de doenças que podem levar à cegueira, o Dr. Leonardo Coelho Gontijo explica cada uma delas e como tratá-las:   
 
Catarata:
 
“Caracteriza-se pela perda de transparência do cristalino que obstrui a entrada de luz nos olhos e atinge principalmente os idosos. Os principais sintomas são sensação de visão embaçada, alteração contínua da refração (grau dos óculos), sensibilidade à luz, espalhamento dos reflexos ao redor das luzes e percepção que as cores estão desbotadas. O único tratamento eficaz da catarata é cirúrgico, com a troca da lente natural, que se tornou opaca, por outra artificial. Atualmente a cirurgia é extremamente precisa, inclusive é possível, com lentes especiais, tornar o paciente independente dos óculos. Em tempo: O Conselho Federal de Medicina liberou a antecipação da cirurgia de catarata em pessoas acima de 55 anos com o objetivo de evitar o surgimento da condição e corrigir erros refrativos”, orienta.
 
Defeitos refrativos:
 
Miopia | “Caracteriza-se por um globo ocular mais longo, provocando a focalização da imagem antes que a luz chegue até a retina. O míope consegue enxergar objetos próximos com nitidez, mas enxerga os distantes como se estivessem embaçados. A condição costuma afetar membros da mesma família”, informa.
 
Hipermetropia | “É o oposto da miopia, ou seja, o globo ocular é mais curto, provocando a focalização da imagem depois da retina. O paciente jovem consegue compensar esse tipo de grau, podendo gerar dor de cabeça ao final do dia. Com o envelhecimento, essa capacidade se perde”, esclarece.
 
Astigmatismo | “Caracteriza-se pela formação da imagem em múltiplos focos. A córnea tem uma curvatura assimétrica, fazendo com que a luz sofra desvios diferentes em pontos diferentes, e forme a imagem em múltiplas regiões. O paciente tem visão distorcida ou borrada”, afirma.
 
Presbiopia | “Conhecida como vista cansada, é uma piora de visão normal que ocorre com o avançar da idade, quando os olhos perdem a capacidade de focalizar objetos muito próximos. Se inicia entre 38 e 48 anos”, comenta.
 
Retinopatia diabética:
 
“Afeta os pequenos vasos da retina. É uma das temíveis complicações do diabetes mellitus. O controle da diabetes, da hipertensão e da dislipidemia e não fumar diminuem o risco de retinopatia diabética. Quando presente, além do controle glicêmico, o paciente pode se beneficiar de laser de retina, medicamentos intraoculares ou microcirurgia”, diz.
 
Glaucoma:
 
“Caracteriza-se por uma lesão crônica no nervo óptico que leva à perda gradativa do campo visual e em estágios mais avançados pode levar a perda total da visão. Na maioria dos casos as pessoas não apresentam sintomas. O principal fator de risco é o aumento da pressão ocular, além de diabetes, problemas cardíacos, hipertensão e apneia. É a maior causa de cegueira irreversível no mundo. O glaucoma não tem cura, mas tem tratamentos inovadores, que variam entre colírios, laser e microcirurgias”, finaliza.
 
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