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27/03/2024 às 20h44min - Atualizada em 28/03/2024 às 00h06min

Pesquisadores brasileiros desenvolvem projeto inovador para investigar o TEA (Transtorno do Espectro Autista)

O grupo busca entender melhor o tema do ponto de vista científico e fornecer um espaço acolhedor para que pessoas com TEA se sintam reconhecidas

MF Press Global
© Divulgação / MF Press Global
Pesquisadores brasileiros estão trabalhando em um novo projeto que busca entender mais sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa condição neurológica afeta o desenvolvimento do cérebro, o comportamento, a comunicação e as interações sociais de diversas pessoas. Somente no Brasil, estimativas da Rede de Monitoramento de Autismo e Deficiências do Desenvolvimento do CDC sugerem que 1 em cada 36 crianças são diagnosticadas com o transtorno, somando em mais de 6 milhões de brasileiros que convivem diariamente com a condição. 
 
De acordo com o pós PHD em neurociência,  Fabiano de Abreu Agrela, o TEA pode se manifestar de diversas formas e em diferentes graus de intensidade, variando desde casos mais leves, onde a pessoa pode ter uma vida independente, até casos mais graves, onde são necessários cuidados e apoio constantes. “As características geralmente aparecem nos primeiros anos de vida e persistem ao longo da vida da pessoa. Alguns dos sinais comuns incluem dificuldades na comunicação verbal e não verbal, padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos. Essa é uma condição complexa e multidimensional, e cada pessoa com autismo é única, com suas próprias características e necessidades. Por isso, iniciamos a pesquisar sobre o tema, não somente para trazer novos dados sobre o autismo, mas para auxiliar pessoas que lidam diariamente e têm a vida impactada pelo transtorno”, afirma Fabiano. 
 
O estudo está sendo lançado pelo Grupo de Pesquisa TEA (RG-TEA), liderado pelo Dr. Fabiano de Abreu, Dra. Lorrana Gomes, advogada e mãe de uma criança com TEA, Giovanna Cariry, influenciadora e autista, Dra. Roselene Espírito Santo Wagner, PhD e psicóloga especialista em autismo, Dra. Natalie Banaskiwitz, Dr. Flávio Henrique, médico psiquiatra e pelo médico e autista Dr. Daniel Silveira. O grupo estudará aspectos genéticos, neurológicos e comportamentais de indivíduos com TEA, promovendo a interação e suporte aos portadores da condição. “Uma das principais iniciativas do RG-TEA é a criação de uma comunidade online dedicada, onde pessoas com TEA, suas famílias e profissionais de saúde podem se reunir para compartilhar experiências, obter informações e apoio mútuo”, explica  Giovanna Cariry. 
 
Um aspecto inovador do estudo é seu foco na construção de identidade para pessoas com TEA. “Reconhecendo que cada pessoa é única e possui suas próprias habilidades, interesses e desafios, o RG-TEA busca promover uma compreensão mais inclusiva do autismo. Isso inclui explorar e valorizar as perspectivas e contribuições das pessoas com TEA para a sociedade”, acrescenta Cariry. 
 
Para Agrela, o objetivo não é apenas entender melhor o autismo do ponto de vista científico, mas também fornecer um espaço seguro e acolhedor para que pessoas com TEA se sintam reconhecidas e valorizadas. "Queremos promover uma visão mais inclusiva do autismo, onde as diferenças são celebradas e as pessoas são apoiadas em sua jornada para uma vida plena e significativa”, acrescenta o cientista. 
 
Além de fornecer suporte emocional e social, o RG-TEA também planeja realizar novas pesquisas sobre diversos aspectos do autismo. Isso inclui investigar novas abordagens de diagnóstico, terapias eficazes e estratégias para melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA e suas famílias. O grupo de especialistas, com experiências pessoais e profissionais diversas relacionadas ao autismo, está lançando o projeto em colaboração com o Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH). 
 
O lançamento oficial do projeto está previsto para o próximo mês de abril, com a abertura da comunidade online e o início das primeiras pesquisas. Pessoas interessadas em se envolver com o RG-TEA como membros da comunidade ou colaboradores em pesquisa são encorajadas a entrar em contato e se juntar a essa iniciativa inovadora para promover a compreensão e apoio ao autismo.

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