Medicamentos para emagrecimento podem reduzir a eficácia da pílula anticoncepcional, aponta especialista

Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da Carnot Laboratórios, explica como o uso de terapias injetáveis para perda de peso pode interferir na proteção hormonal e orienta alternativas seguras

PEDRO SENGER
03/11/2025 17h36 - Atualizado há 5 dias

Medicamentos para emagrecimento podem reduzir a eficácia da pílula anticoncepcional, aponta especialista
Divulgação

O uso de medicamentos para emagrecimento, especialmente as chamadas “canetas emagrecedoras”, tem se tornado cada vez mais comum entre pessoas que buscam resultados rápidos. No entanto, especialistas alertam que esses tratamentos podem comprometer a eficácia dos anticoncepcionais orais, aumentando o risco de gestações não planejadas.

“Alguns medicamentos utilizados para perda de peso podem alterar o metabolismo e o processo de absorção dos hormônios presentes na pílula anticoncepcional”, explica o Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da Carnot Laboratórios. “Essa interferência pode reduzir a eficácia do método, mesmo quando ele é utilizado corretamente.”

De acordo com o médico, essa interação ocorre porque o organismo passa por mudanças fisiológicas durante o uso de certos fármacos, o que pode afetar a biodisponibilidade dos hormônios contraceptivos. Por isso, mulheres que estão em tratamento com medicamentos para emagrecer devem avaliar alternativas contraceptivas mais seguras, que não dependam da absorção gastrointestinal.

Entre essas opções, o anticoncepcional injetável é uma das mais recomendadas. “Por ser aplicado mensalmente, ele libera os hormônios de forma contínua e estável, sem depender da rotina diária ou da absorção intestinal. Isso reduz as chances de falha e oferece mais segurança para quem faz uso de medicamentos que alteram o metabolismo”, destaca o Dr. Carlos.

Outras opções eficazes incluem o DIU hormonal ou de cobre e os métodos de barreira, como o preservativo. “O mais importante é que a escolha seja feita com orientação médica, considerando o histórico de saúde, o estilo de vida e os tratamentos em andamento. Cada mulher tem necessidades diferentes, e o acompanhamento profissional é essencial para garantir proteção e tranquilidade”, reforça o especialista.

O alerta vem em um momento em que o uso de terapias para emagrecimento cresce em todo o país, muitas vezes sem o acompanhamento adequado. Para o Dr. Carlos, esse é um ponto de atenção para médicos e pacientes. “Planejamento familiar e tratamento de emagrecimento devem caminhar juntos. É fundamental que os profissionais de saúde conversem sobre as possíveis interações medicamentosas, evitando riscos desnecessários”, conclui.


 

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
PEDRO GABRIEL SENGER BRAGA
[email protected]


Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://itaqueraemnoticias.com.br/.