Inovação e sustentabilidade ganham força nos novos programas de incentivos no Brasil

Modelos que unem benefícios fiscais, tecnologia e geração de empregos mostram como municípios estão se preparando para competir por investimentos

MARCELLA IZZO
25/09/2025 13h55 - Atualizado há 4 horas

Inovação e sustentabilidade ganham força nos novos programas de incentivos no Brasil
Divulgação

Nos últimos anos, o Brasil tem vivido um movimento de transformação em sua economia local. A pressão por competitividade, a demanda por inovação tecnológica e a urgência da sustentabilidade estão redefinindo a forma como cidades e estados buscam atrair novos negócios.

Se antes o foco era apenas oferecer vantagens fiscais, hoje os programas de incentivo caminham para um modelo mais robusto, que inclui desde apoio à inovação até a preparação de mão de obra qualificada. Essa mudança reflete tendências globais, em que o desenvolvimento econômico precisa estar alinhado a práticas modernas e sustentáveis.

Dados recentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que municípios que investem em políticas de inovação conseguem atrair até 40% mais empresas em comparação com aqueles que oferecem apenas isenções fiscais. A lógica é simples: não basta reduzir impostos, é preciso criar um ambiente favorável para que os negócios prosperem.

No Brasil, esse debate ganha força em um momento estratégico. O país discute sua reindustrialização, busca se posicionar em cadeias globais de valor e precisa lidar com um mercado de trabalho cada vez mais impactado pela tecnologia. Nesse cenário, cidades que oferecem condições diferenciadas têm mais chances de se tornar polos regionais de inovação.

Um aspecto central nesse novo modelo é a conexão entre economia e sustentabilidade. Programas de incentivo que levam em conta o impacto ambiental e social são vistos como mais atrativos por investidores, especialmente os internacionais, que priorizam práticas alinhadas a critérios ESG (Environmental, Social and Governance).

Outro ponto é a valorização da mão de obra. Municípios que incluem a qualificação de trabalhadores como parte de seus programas não apenas atraem empresas, mas também fortalecem sua própria base social, reduzindo desigualdades e aumentando o poder de compra local.

É nesse contexto que surgem iniciativas como o Programa de Incentivos de Taubaté (PIT). Aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal, o projeto combina benefícios fiscais com políticas voltadas à inovação e à geração de empregos. O objetivo é claro: transformar a cidade em um ambiente competitivo, capaz de atrair empresas que estejam em busca de crescimento sustentável.

Entre as medidas previstas, estão a redução de alíquotas do ISSQN, isenção temporária de IPTU e taxas de aprovação, além da concessão de terrenos e galpões municipais por licitação. Diferente de modelos tradicionais, o PIT prioriza empresas que investirem em tecnologia e qualificação da mão de obra local.

“O PIT representa um marco no desenvolvimento econômico sustentável. Estamos criando um ambiente mais favorável para que empresas inovadoras escolham nosso município como base de suas operações. Isso significa mais empregos, mais renda e um futuro mais competitivo para a nossa população”, afirma Danilo Velloso, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia, Inovação e Turismo de Taubaté.

Com essa estratégia, a cidade busca diversificar sua base econômica, fortalecendo setores como tecnologia, indústria, serviços e comércio. O impacto esperado não se restringe apenas ao município: iniciativas desse tipo podem inspirar outras cidades a adotar práticas semelhantes, elevando o patamar da economia regional como um todo.

Mais do que um projeto local, o PIT se insere em uma discussão nacional sobre como alinhar crescimento econômico, inovação e responsabilidade socioambiental. À medida que o Brasil busca ocupar uma posição de maior protagonismo internacional, experiências como a de Taubaté reforçam a importância de políticas públicas modernas para construir um futuro mais próspero e sustentável.



 

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