Educação midiática: como proteger a saúde mental e combater a adultização precoce dos jovens

Crianças e adolescentes expostos a padrões irreais enfrentam sobrecarga emocional; escolas e famílias podem atuar juntas para ensinar uso consciente das mídias digitais e fortalecer a saúde mental

VICTóRIA GORSKI
25/09/2025 14h45 - Atualizado há 3 horas

Educação midiática: como proteger a saúde mental e combater a adultização precoce dos jovens
Freepik

As redes sociais transformaram a forma como crianças e adolescentes se relacionam, aprendem e se expressam. Elas oferecem oportunidades de conexão e aprendizado, mas também expõem os jovens a comparações irreais, pressão social e sobrecarga emocional. Para a orientadora educacional da FourC Bilingual Academy, Ana Paula Lilly, o maior desafio está no equilíbrio. “As mídias sociais são um espaço de expressão e conexão, mas também podem gerar uma comparação muito excessiva entre os jovens. A tarefa dos adultos é ensiná-los a usar a internet de forma consciente, porque hoje consumimos muita informação de modo muito rápido, muitas vezes sem questionar ou refletir sobre as consequências de compartilhar tanto conteúdo”, afirma.   

Os efeitos do uso excessivo das redes sociais também aparecem na rotina dos estudantes. “A gente nota, às vezes, que eles chegam cansados, desconcentrados. O sono também é afetado, porque muitos acabam compensando em casa o tempo sem celular na escola, dormindo muito tarde por ficarem nas redes sociais”, aponta Lilly.  

Entre os efeitos mais preocupantes do consumo excessivo de internet está a adultização precoce, fator no qual crianças e adolescentes passam a viver experiências e a adotar comportamentos que não correspondem à sua fase de desenvolvimento. "Nos preocupa muito quando os alunos deixam de vivenciar experiências da infância e adolescência. Essa pressa em se adequar ao que veem online leva à adultização precoce. Seja no modo de se vestir, falar ou se relacionar, os jovens passam a lidar com pressões para as quais o cérebro ainda não está preparado”, explica a orientadora. 

Para Ana, a educação midiática é a chave para preparar os jovens a lidar de forma saudável com esse ambiente digital. “É preciso prepará-los para olhar as mídias sociais de forma crítica. Quem produziu esse conteúdo? Qual a intenção? Qual é a mensagem implícita? Isso ajuda a diminuir a pressão das comparações e favorece relações mais saudáveis. Além de consumidores, eles podem ser criadores, aprendendo a produzir conteúdos éticos, criativos e responsáveis, com uma voz digital positiva para o grupo deles”, afirma. 

O papel da escola e dos educadores é central, indo além do monitoramento para mediar experiências. “Os educadores não estão ali somente para proibir, mas para orientar. Observar sinais de ansiedade, isolamento ou pressão social e agir com prevenção é fundamental”, ressalta Ana. 

A participação das famílias também é essencial. “É preciso promover momentos de diálogo, formação e orientação prática para os pais, para que compreendam os riscos, falem a mesma ‘língua’ dos filhos e reforcem valores de respeito, empatia e responsabilidade no ambiente digital”, completa a especialista. 

Por fim, a educadora defende que a educação midiática não deve se limitar a uma disciplina isolada. Ela precisa estar presente em todas as situações. “O mais importante é que a escola inteira se comprometa a tratar o tema em diferentes frentes, com intencionalidade. Só assim os jovens estarão preparados para lidar com a velocidade e a quantidade de informações do mundo atual”, conclui. 

Sobre a FourC Bilingual Academy: Com a missão de formar cidadãos globais para uma nova sociedade, a FourC Bilingual Academy é uma escola sediada em Bauru, interior de São Paulo, que possui mais de 600 alunos e 15 anos de experiência no ensino bilíngue. Fundada pela empreendedora americana Sara Hughes, a instituição de ensino se baseia em 4 fundamentos: pensamento crítico, colaboração, cultura e cidadania. O trabalho é realizado junto a uma equipe de profissionais capacitados que fomentam a autonomia dos alunos, ampliando seus recursos e criando oportunidades de desenvolvimento.  
 
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MARIA VICTORIA GORSKI VIEIRA BARBOSA
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