Organizações e setor produtivo pedem aprovação imediata de projeto que autoriza deduções fiscais para projetos de redução de emissões

Entidades cobram celeridade no Congresso para que o Brasil dê um sinal claro de compromisso com a agenda climática e a inovação verde

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23/09/2025 11h48 - Atualizado há 6 horas

Organizações e setor produtivo pedem aprovação imediata de projeto que autoriza deduções fiscais para
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Organizações ligadas à agenda climática e ao setor produtivo estão unindo forças para pedir a aprovação urgente do Projeto de Lei (PL) 2012/21, que está em tramitação na Câmara dos Deputados. A proposta, que já recebeu aval da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em 2 de julho, visa permitir que pessoas físicas deduzam do Imposto de Renda os valores investidos em projetos que ajudem a reduzir ou compensar a emissão de gases de efeito estufa (GEE).

De acordo com o texto do projeto, a dedução seria comprovada por meio das Reduções Voluntárias de Emissão (RVEs). Cada RVE é uma unidade certificada internacionalmente, equivalente à não emissão ou remoção de uma tonelada métrica de dióxido de carbono.

Os autores do PL ressaltam que a iniciativa "reconhece e valoriza os contribuintes que investem em benefícios coletivos". Além de impulsionar o mercado voluntário de carbono, a lei, se aprovada, poderia aumentar o engajamento da sociedade com a causa climática.

Atualmente, empresas, governos e indivíduos já participam do mercado voluntário de carbono, que funciona paralelamente ao mercado regulado. Este último deve ganhar mais força com a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). Nesse cenário, o PL 2012/21 é visto como um elo estratégico, conectando a política tributária do país com o avanço de iniciativas climáticas.

O projeto ainda precisa passar pelas Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, ele deverá ser aprovado tanto na Câmara quanto no Senado.

A falta de agilidade no processo legislativo gera preocupação. Para as entidades que atuam no setor, cada dia de atraso significa oportunidades perdidas de investimento, inovação e criação de empregos verdes. Elas defendem que o Brasil precisa dar um sinal claro de compromisso com um futuro sustentável, tornando a pauta climática uma prioridade no Congresso.


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EDUARDO CARVALHO DOS SANTOS
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