Espiritualidade e saúde mental: cultivando equilíbrio na vida e no trabalho

Como a conexão com propósito, valores e sentido de vida fortalece o bem-estar emocional e transforma relações pessoais e profissionais

DA REDAçãO
22/09/2025 15h58 - Atualizado há 8 horas

Espiritualidade e saúde mental: cultivando equilíbrio na vida e no trabalho
Ricardo Pacheco
Espiritualidade e saúde mental: cultivando equilíbrio na vida e no trabalho
 
Como a conexão com propósito, valores e sentido de vida fortalece o bem-estar emocional e transforma relações pessoais e profissionais

 
Imagine um trabalhador que chega todos os dias ao escritório ou à fábrica carregando pressões, prazos apertados e sobrecarga emocional.
 
Ao mesmo tempo, há mães, pais, jovens e estudantes lidando com ansiedade, estresse e incertezas da vida cotidiana.
 
No Brasil, segundo o Ministério da Previdência, essa realidade é alarmante: em 2024, 472.328 trabalhadores se afastaram do trabalho por transtornos mentais, um aumento de 68% em relação a 2023. Entre as doenças mais frequentes estão ansiedade, depressão, estresse e burnout, afetando diretamente a qualidade de vida de milhões de pessoas.
 
Neste cenário, surge uma alternativa muitas vezes negligenciada: a espiritualidade. Diferente de religiosidade, ela não exige fé em dogmas ou práticas confessionais. Trata-se de um caminho de conexão consigo mesmo, com valores pessoais, propósito e sentido de pertencimento.
 
“Ela ajuda os indivíduos a lidarem com a pressão diária, sejam demandas profissionais, desafios familiares ou situações de vulnerabilidade social, reduzindo os impactos negativos na saúde mental”, explica Dr. Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde, empresário, mentor, palestrante e presidente da ABRESST - Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho.
 
Pequenos hábitos, grandes impactos
 
Práticas simples podem gerar transformações significativas no bem-estar emocional. Momentos diários de reflexão, meditação, rodas de conversa sobre propósito ou pequenas pausas para exercícios de respiração ajudam a reduzir sintomas de estresse, ansiedade e a prevenir o burnout.
 
Essas ações também estimulam a atenção plena, favorecendo decisões mais conscientes e relações interpessoais mais saudáveis.
 
O efeito dessas práticas não se limita ao ambiente de trabalho: quem cultiva hábitos voltados à conexão interior tende a sentir-se mais presente e engajado com a família, amigos e comunidade. Além disso, pessoas que adotam essas rotinas relatam maior clareza mental, melhora no sono e mais energia para lidar com desafios cotidianos.
 
“Oferecer recursos que resgatem o sentido da vida e do trabalho estimula a conexão consigo mesmo e com os outros, fortalecendo a resiliência emocional, independentemente de crenças religiosas ou convicções pessoais”, afirma o Dr. Ricardo Pacheco. “Investir nesses pequenos hábitos é, na prática, investir na qualidade de vida e na saúde mental, tanto individual quanto coletiva.”
 
Um problema de toda a sociedade: o suicídio
 
O suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens de 15 a 29 anos, ocupando o  lugar no ranking global, atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal, segundo a OMS (2023). Estima-se que, a cada ano, mais pessoas morram por suicídio do que por doenças como HIV, malária ou câncer de mama, evidenciando a urgência de políticas de prevenção e apoio emocional.
 
O impacto do suicídio vai além das estatísticas: famílias, amigos, colegas de trabalho e comunidades inteiras são profundamente afetados, criando ciclos de sofrimento e perda que podem reverberar por anos.
 
Estudos apontam que fatores como sobrecarga emocional, isolamento social, ambientes hostis ou mesmo pressões acadêmicas e profissionais aumentam significativamente o risco de depressão, ansiedade e pensamentos suicidas.
 
Dr. Ricardo Pacheco destaca a relevância da espiritualidade como ferramenta de prevenção: “Situações de sobrecarga emocional, isolamento ou ambientes hostis - seja no trabalho, na escola ou na própria comunidade - podem intensificar quadros de ansiedade e depressão, e, em casos extremos, levar ao suicídio. A espiritualidade laica fortalece a capacidade de enfrentamento e promove o sentido de pertencimento, atuando como um recurso de prevenção fundamental. Ela oferece suporte interno, conexão com os outros e resiliência diante das adversidades, sem depender de crenças religiosas específicas.”
 
Reconhecer o suicídio como um problema de saúde pública e investir em estratégias que integrem cuidado emocional, apoio comunitário e práticas de espiritualidade pode salvar vidas e reduzir o sofrimento de milhares de pessoas.
 
Conexão e sentido: o novo paradigma do bem-estar
 
Mais do que métricas de produtividade, afastamentos ou custos, o cuidado com a saúde mental deve envolver a vida como um todo.
 
Quem investe em bem-estar emocional e espiritualidade desenvolve resiliência, melhora suas relações e fortalece a própria comunidade.
 
“Cuidar da saúde emocional é cuidar da própria vida. Quando combinamos estratégias corporativas, sociais e individuais, construímos uma sociedade mais equilibrada, empática e capaz de enfrentar desafios com propósito e sentido”, conclui o médico.
 
Em um mundo marcado por pressões e incertezas, a espiritualidade se apresenta como uma ferramenta acessível, prática e transformadora - capaz de gerar bem-estar, pertencimento e equilíbrio emocional, tanto nas empresas quanto na vida de cada pessoa.
 
NR-1: o marco regulatório que muda o olhar para o bem-estar
 
No Brasil, a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), em vigor desde 26 de maio deste ano, trouxe mudanças significativas na gestão de saúde e segurança no trabalho.
 
A norma passou a exigir a avaliação e gestão de riscos psicossociais, incluindo estresse, assédio e sobrecarga mental, sinalizando uma transformação no foco das empresas: do cumprimento legal para a promoção efetiva do bem-estar dos trabalhadores. A partir de 2026, empresas que não se adaptarem poderão ser fiscalizadas e multadas.
 
Dr. Ricardo Pacheco, como presidente da ABRESST, teve papel ativo nas discussões sobre a atualização da NR-1 durante as reuniões da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) em Brasília.
 
Para ele, a nova norma vai além do aspecto regulatório: “Ela exige que empresas invistam em práticas que promovam saúde mental e equilíbrio emocional. A espiritualidade, por exemplo, pode ser uma dessas estratégias de valor inestimável, aplicável tanto no ambiente de trabalho quanto na vida pessoal, ajudando na prevenção de riscos psicossociais e fortalecendo a resiliência emocional dos colaboradores.”
 
A participação da ABRESST, sob a liderança do Dr. Pacheco, reforça o compromisso do setor com a saúde integral do trabalhador, garantindo que as normas reflitam não apenas segurança física, mas também bem-estar emocional e qualidade de vida no trabalho.
 
Sobre o Dr. Ricardo Pacheco
 
Dr. Ricardo Pacheco é médico do trabalho, gestor em saúde e empresário, formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos. Iniciou sua trajetória com foco na saúde ocupacional e, ao longo dos anos, expandiu sua atuação para a promoção da saúde integral.
 
         Em 2001, fundou sua primeira empresa de saúde, que posteriormente consolidando-se como uma plataforma de referência no setor.
 
         Desde 2002, integra a ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança do Trabalho), assumindo a Diretoria de Ética e Legislação em 2008. Nessa posição, foi ouvinte na Câmara Técnica de Medicina do Trabalho, representando a entidade, e desenvolveu projetos importantes, como a implantação do Selo de Qualidade ABRESST e o apoio direto à presidência.
 
         Em 2019, tornou-se presidente da entidade, cargo que ocupa pelo terceiro mandato consecutivo, expandindo significativamente o impacto da entidade, que hoje assiste mais de 4 milhões de trabalhadores.
 
         Dr. Ricardo teve papel essencial na revisão e criação de Normas Regulamentadoras (NRs), como o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) da NR-01, além da inclusão de riscos psicossociais nas normativas. Também participou da criação da NR-38, voltada à segurança dos trabalhadores na limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
 
         Durante a pandemia da covid-19, liderou protocolos de segurança para grandes produções audiovisuais e promoveu eventos online pela ABRESST, orientando empresas e trabalhadores sobre boas práticas em SST. Ativamente presente nos principais congressos do setor, foi um dos responsáveis pela retomada da 25ª edição do COBRASEMT, um dos mais importantes eventos da área.
 
         Recentemente, participou do G20 no Brasil, abordando questões como estresse térmico e saúde ocupacional.
 
         Reconhecido por sua expertise, colabora com entidades como ANAMT e ABERGO e frequentemente participa de veículos de comunicação para divulgar temas relacionados à saúde e segurança do trabalho. Seu compromisso com inovação e resultados faz dele um dos grandes nomes da saúde ocupacional no Brasil.
 
Dr. Ricardo Pacheco, CRM-SP 87570 I RQE 22.683.

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SANDRA MARIA DA CUNHA
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FONTE: Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde, palestrante, mentor e presidente da ABRESST.
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