Elas batem o martelo: mulheres conquistam espaço nos leilões

Mulheres tomam espaço em um dos mercados mais masculinos do Brasil e transformam a profissão

EMILIA SILVEIRA
19/09/2025 10h19 - Atualizado há 4 horas

Elas batem o martelo: mulheres conquistam espaço nos leilões
Topo Leilões

Durante quase um século, o universo dos leilões oficiais foi território quase exclusivo dos homens. Regulamentada desde 1932, no governo de Getúlio Vargas, a profissão de leiloeiro carrega tradição, prestígio e remuneração alta, com ganhos que podem ultrapassar seis dígitos anuais para quem movimenta grandes arremates. Mas, aos poucos, um movimento silencioso vem mudando a paisagem desse mercado: as mulheres estão ocupando o púlpito.


Um dos nomes que simboliza essa virada é a leiloeira Fernanda Toporoski, que após anos atuando na área comercial decidiu seguir os passos do marido, o também leiloeiro Guilherme Toporoski. Hoje, tornou-se referência feminina em um mercado historicamente masculino e atua na plataforma da Topo Leilões.

“Ainda somos poucas, porém muito atuantes. O ambiente sempre foi dominado por homens, mas esse quadro está mudando, principalmente com a força dos leilões online, que criaram um espaço mais acessível e seguro para mulheres”, afirma Fernanda.


A transformação não acontece apenas entre os profissionais. Do lado dos compradores, o fenômeno é ainda mais visível: só na Topo Leilões já são mais de 3.000 mulheres cadastradas como investidoras. “Os pregões digitais atraem quem busca solidez e transparência. Muitas preferem negociar online a frequentar salões tradicionalmente masculinos”, explica.


O movimento segue a mesma lógica de outros setores financeiros: segundo a B3, o número de mulheres investidoras na bolsa cresceu 85,6% entre 2020 e 2024, alcançando 26% do total. Nos leilões, o salto é gigantesco, reforça Fernanda. “Há regras claras, segurança jurídica e retornos que estimulam a confiança de quem está começando a investir".


Seja como leiloeiras profissionais ou como investidoras ativas, as mulheres começam a ocupar espaço em uma das mais antigas e conservadoras carreiras do Brasil. Um mercado que nasceu fechado agora descobre, no protagonismo feminino, novas formas de crescer.


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MARIA EMILIA RODRIGUES SILVEIRA
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