Dia Mundial de Combate a Sepse: Diagnóstico precoce e tratamentos integrados salvam vidas

Prevenção, diagnóstico precoce e suporte hospitalar são essenciais para reduzir mortalidade relacionada à infecção generalizada

VANESSA FAGUNDES DA SILVA BURSON BRASIL
12/09/2025 12h14 - Atualizado há 5 horas

Dia Mundial de Combate a Sepse: Diagnóstico precoce e tratamentos integrados salvam vidas
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No dia 13 de setembro, a atenção se volta para uma condição letal: a sepse. Resultado de uma resposta exagerada do organismo a uma infecção, que pode evoluir de uma forma rápida e se disseminar por todo o organismo, comprometendo órgãos vitais e, em muitos casos, levando à morte. Estima-se que 50 milhões de pessoas sejam afetadas anualmente em todo o mundo1. 

A sepse ocorre quando uma infecção que poderia ser controlada se dissemina e desencadeia uma reação desproporcional do sistema imunológico. Em vez de proteger, essa resposta inflamatória exacerbada compromete o funcionamento do organismo, alterando a circulação sanguínea e dificultando a chegada de oxigênio e nutrientes aos tecidos. Como consequência, órgãos vitais podem perder sua função de maneira progressiva. Os sinais de alerta mais comuns incluem febre, aceleração dos batimentos cardíacos, respiração rápida ou ofegante, confusão mental e dores no corpo. 

A doença pode se manifestar tanto a partir de infecções adquiridas na comunidade — como pneumonias, infecções urinárias e de pele — quanto em ambientes hospitalares, especialmente por infecções associadas a procedimentos invasivos ou internações prolongadas. Para cada 1.000 pacientes hospitalizados, estima-se que 15 desenvolverão sepse como complicação dos cuidados de saúde.2 

“Embora qualquer pessoa possa desenvolver sepse, entre os mais vulneráveis estão as crianças pequenas, recém-nascidos, idosos e pacientes com doenças crônicas ou câncer. A atenção redobrada para esses grupos é fundamental”, alerta Dra. Fernanda Pimentel, diretora médica da Baxter para a América Latina. 

A prevenção da sepse envolve ações que vão desde hábitos simples até protocolos clínicos rigorosos. Na comunidade, a vacinação, higiene adequada, e atenção aos primeiros sinais  de infecção são essenciais para reduzir o risco de evolução para quadros graves. Já nos hospitais, a adoção de um controle rigoroso de cateteres e dispositivos invasivos, protocolos de higiene, monitoramento clínico contínuo, contribui para impedir que infecções evoluam para sepse. “Prevenir essa condição exige vigilância em todas as etapas do cuidado. A conscientização e a prevenção combinadas podem salvar vidas e reduzir complicações”, reforça a médica. 

O diagnóstico precoce da sepse é decisivo para a sobrevida do paciente. Como destaca a Dra. Fernanda, ele começa pela avaliação clínica, que exige do profissional de saúde a capacidade de reconhecer rapidamente sinais de disfunção orgânica. Exames laboratoriais, como análises de sangue, complementam essa etapa ao apontar o agente infeccioso envolvido. “Uma vez identificada a condição clínica, o tratamento deve ser iniciado sem demora, com uma abordagem terapêutica ampla e precisa, considerada a medida central de controle da doença”, afirma Dra. Fernanda.  

O manejo eficaz da sepse depende também da integração entre protocolos clínicos e tecnologias avançadas. Sistemas de monitoramento contínuo permitem acompanhar alterações no paciente em tempo real, detectar disfunções orgânicas e orientar intervenções rápidas. Ferramentas como sistemas de monitoramento hemodinâmico, soluções de fluidoterapia em sistemas fechados e até mesmo tecnologias conectadas ao leito ajudam a equipe de saúde a tomar decisões precisas e seguras, aumentando a chance de recuperação e a segurança do paciente durante todo o tratamento. 

Mesmo após a alta hospitalar, o cuidado deve continuar. “A reabilitação precoce, o acompanhamento multidisciplinar e a vigilância constante são essenciais para prevenir novas infecções e minimizar sequelas físicas, cognitivas e psicológicas”, finaliza a médica. 

A sepse continua sendo um desafio de saúde pública mundial que exige atenção em todas as etapas. Ampliar o conhecimento sobre a doença, investir em diagnóstico precoce e assegurar tratamentos eficazes e seguros nos hospitais são medidas que fazem diferença tanto na redução da mortalidade quanto na recuperação total dos pacientes. 


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