Biomédicos do Paraná terão palestra gratuita e online sobre saúde mental
Psicólogos vão falar aos biomédicos sobre a importância de cuidar de si próprio, reconhecer sinais de exaustão, como e onde pedir ajuda
Marlise Groth Mem
12/09/2025 10h57 - Atualizado há 7 horas
Freepik | CRBM6
Em alusão ao Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10/09) e à campanha Setembro Amarelo, o Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6ª Região (CRBM6) vai organizar uma palestra gratuita e online sobre saúde mental. A conferência será no dia 17/09, às 19h e vai ser direcionada aos mais de 5,9 mil profissionais registrados na Autarquia Federal, que tem jurisdição e atua no Paraná. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo formulário https://encurtador.com.br/hwPoI A transmissão será pelo Google Meet e os inscritos receberão um link para ter o acesso. Quem vai conduzir a palestra - intitulada A saúde mental do biomédico: Cuidando de quem cuida – serão os psicólogos Lucas Hideiki Evanovick (CRP-08/39873) e Tayná Idalgo (CRP-08/28999). O que é a saúde mental? Ao contrário do que algumas pessoas imaginam, saúde mental é um estado de bem-estar onde o indivíduo desenvolve suas habilidades, lida com os estresses normais da vida, trabalha de forma produtiva e contribui para sua comunidade. “A saúde mental não é a ausência de problemas. É ter ferramentas e preparo para enfrentar as dificuldades quando elas surgem. Por isso, é fundamental compreender que todos temos limites. Também é necessário saber pedir ajuda, sem achar que isso é sinônimo de fraqueza. Pelo contrário, é um gesto de amadurecimento e desenvolvimento pessoal”, explica o presidente do CRBM6, Thiago Massuda. Como ajudar e onde pedir auxílio? A palestra aos biomédicos levará informações a esses profissionais de saúde que dedicam sua carreira ao cuidado com a vida, mas que algumas vezes esquecem de olhar para si mesmos. “A rotina intensa de estudos, pesquisas, plantões, pressão por resultados, responsabilidade nos mais variados diagnósticos e até a sobrecarga emocional de lidar com a saúde de outras pessoas pode impactar diretamente seu bem-estar mental. Você cuida da vida todos os dias, mas a sua vida também merece cuidado”, enfatiza Massuda. Segundo especialistas, o momento de buscar ajuda com psicólogos, médicos, psiquiatras ou redes de apoio é o instante em que a pessoa – seja jovem, adulto ou idoso - sente dificuldade em lidar com conflitos, traumas ou transições importantes que podem começar a impactar a vida diária, causar sofrimento, prejuízos no trabalho, nos estudos ou nas relações. Entre os sinais de alerta mais comuns estão a angústia emocional persistente, perda de interesse e prazer, dificuldade de funcionalidade, alterações no comportamento, problemas de sono e apetite, sentimentos negativos intensos, pensamentos de autoagressão, dores no corpo, cansaço ou sensação de “anestesiamento” que não têm causa física aparente. “Não é preciso esperar um sofrimento extremo. A busca por apoio pode ser para autoconhecimento ou para lidar com situações difíceis, como um término de relacionamento ou luto”, complementa Thiago Massuda. Números preocupantes De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados. No Brasil, em 2022, as mortes chegaram a 16.262, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Segundo a OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e homicídios. Acolhimentos Para quem precisa de apoio emocional, além de acionar a rede de apoio, o acolhimento inicial pode ser feito pelo 188, o número do Centro de Valorização da Vida (CVV), que é válido em todo território nacional e é gratuito. Além disso, o site Mapa da Saúde Mental pode ser utilizado para encontrar um serviço mais próximo, trazendo informações sobre acolhimentos gratuitos ou de baixo custo. O Sistema Único de Saúde (SUS) promove a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que fazem o acolhimento para quem precisar sem necessidade de agendamento. Os serviços de atenção básica, conhecidos como postinhos de saúde, também podem realizar consultas com enfermeiras, promovendo um acolhimento inicial no momento de sofrimento. Sobre o CRBM6 O Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6ª Região (CRBM6) é uma Autarquia Federal com jurisdição no Estado do Paraná. A entidade tem cerca de 5,9 mil profissionais registrados. A sede fica em Curitiba e as delegacias regionais estão localizadas nos municípios de Campo Mourão, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, União da Vitória, Guarapuava, Umuarama, Guaíra e Ponta Grossa. Os biomédicos atuam em mais de 30 atividades ligadas à saúde tais como acupuntura, análises clínica e ambiental, bromatológicas [avalia a qualidade dos alimentos], auditoria, banco de sangue, biofísica, biologia molecular, bioquímica, citologia oncótica, embriologia, estética, farmacologia, fisiologia, genética, hematologia, histologia, imunologia, imagenologia, informática da saúde, microbiologia, microbiologia de alimentos, monitoramento neurofisiológico transoperatório, parasitologia, patologia, perfusão, psicobiologia, radiologia, reprodução humana, sanitarista, saúde pública, toxicologia, virologia e outras áreas. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARLISE GROTH MEM
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FONTE: Mem Comunicação | CRBM6